Já ouviu falar da Biblioteca de Alexandria?

Pintura representativa de como seria o interior da biblioteca l Fonte: Toda Matéria

Considerado o primeiro grande centro de pesquisas da humanidade, a Biblioteca de Alexandria foi criada durante o Império Romano, pelo faraó Ptolomeu II Filadelfo, no século III a.C, com o intuito de ser o repositório de todo o conhecimento descoberto pelo ser humano.

Como os Romanos davam muito valor ao conhecimento, a principal intenção era a de conseguirem fazer com que a Biblioteca de Alexandria se tornasse a maior e mais importante biblioteca do mundo antigo, abrigando ao menos uma cópia de cada manuscrito, pergaminho ou livro existente no mundo.

A biblioteca foi criada para servir como um tipo de ‘’universidade’’, um local onde os estudiosos da época pudessem se reunir e estudar sobre os mais diversos assuntos, e era constituída por:

Dez laboratórios de pesquisa;

Um observatório astronômico;

Um zoológico com animais trazidos da África e Índia;

Salas de dissecação;

E, por fim, Jardins botânicos.

A ‘’universidade’’ chegou a ser frequentada por grandes nomes como:

Euclides de Alexandria – Conhecido como o pai da geometria.

Dionísio de Trácia – Ajudou a definir a gramática como conhecemos hoje.

Arquimedes – Foi o primeiro a descrever o uso da alavanca, criou fórmulas matemáticas para somas infinitas, além da “Espiral de Arquimedes”.

Hiparco – Matemático e astrônomo grego, fez um mapa das constelações, mediu o brilho das estrelas e calculou a divisão do dia no modelo de 24 horas.

Herófilo – Considerado o primeiro anatomista, sendo um de seus principais feitos foi falar sobre a importância do cérebro, o identificando como lugar da inteligência ao invés do coração.

Hipácia de Alexandria – Foi uma estudiosa que ensinava e pesquisava fenômenos naturais.

Em seu auge, supõe-se que o local chegou a arquivar cerca de 1 milhão de livros, porém, somente alguns resquícios dessas obras conseguiram sobreviver ao tempo e a todas as coisas que supostamente ocorreram com a biblioteca, que teriam ocasionado o seu fim.

Não se sabe ao certo quando e como a biblioteca foi destruída, mas a perda da Biblioteca de Alexandria é considerada como a maior que a humanidade já sofreu, visto que muitos dos manuscritos que estavam lá, poderiam até mesmo ter ajudado a evitar os tempos de trevas da humanidade, já que eram muito avançados para a época.

Um dos maiores exemplos é o de um estudioso que naquela época já afirmava que o Planeta Terra não era o único planeta a habitar nosso Sistema Solar, cujo estudos foram perdidos ao longo do tempo, e é um fato que só foi comprovado quase dois MILÊNIOS após a destruição da biblioteca.

Mas afinal, o que aconteceu com a Biblioteca de Alexandria?

3 das teorias mais difundidas sobre o que pode ter destruído a biblioteca

1- A Biblioteca teria sido destruída “acidentalmente” por Júlio César, durante o cerco de Alexandria, em 48 a.c., que ao se sentir afrontado por inimigos, acabou ateando fogo como forma de repeli-los, o que teria acabado se espalhando pelos estaleiros, ocasionando na destruição da biblioteca.

2- A biblioteca teria sido negligenciada por políticos ao longo dos anos, sendo abandonada também pela população, por não terem interesse no conteúdo que a biblioteca abrangia.

3 – Alguns acreditam que a biblioteca talvez só esteja “enterrada” em algum local que não foi encontrado ainda, visto que por Alexandria ser um local com uma grande população e raramente serem feitas escavações, somente em caso de resgates ou emergências, pode ser só que ela esteja escondida em algum lugar que não se é conhecido ainda.

A atual Biblioteca de Alexandria

Exterior da nova biblioteca l Fonte: Le blog do Pérol

A ova Biblioteca de Alexandria, nomeada como “Bibliotheca Alexandrina”, foi inaugurada em 16 de outubro de 2002 pelo Presidente da República Arábica do Egito e conta com um acervo atual de cerca de 2 milhões de livros expostos com duração fixa, em cerca de 80 idiomas, tendo como predominantes as línguas: árabe, francês e inglês.

Durante eventos especiais, pode chegar a abranger de 5 a 8 milhões de livros em suas instalações.

Ao ser construída, os arquitetos projetaram paredes com locais onde poderiam ser armazenados papiros, como forma de homenagem à original Biblioteca de Alexandria.