Ailton Krenak conquistou um marco histórico na quinta-feira passada, em 5 de outubro de 2023, ao se tornar o primeiro indígena a ingressar como membro na Academia Brasileira de Letras (ABL). Com 23 votos a seu favor, ele ocupou a cadeira que antes pertencia ao saudoso historiador José Murilo de Carvalho, falecido em agosto deste ano.

Ser membro da ABL é uma grande honra e reconhecimento no campo literário. Instituição fundada em 1897, tem como missão principal promover o aprimoramento da língua portuguesa e enriquecer a literatura nacional.

Composta por apenas 40 membros, a Academia tem a particularidade de que a eleição de um novo integrante só ocorre quando um membro atual falece. Para conquistar um assento, o candidato precisa ser brasileiro nato e ter publicado em qualquer gênero da literatura obras de reconhecimento e de valor literário.

Portanto, para tornar-se membro da Academia Brasileira de Letras, é necessário ter contribuído de maneira notável para a literatura brasileira. A conquista de Ailton Krenak é ainda mais significativa por representar não apenas um mérito literário, mas também por marcar um momento histórico ao ser o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na ABL, enriquecendo assim a diversidade cultural da instituição e da literatura brasileira como um todo.

Sobre Ailton Krenak

Ailton Krenak, conquista marco histórico ao ingressar como membro academia de letras brasileira
Crédito da Imagem: Wikimedia commons

Líder indígena, ambientalista, poeta, filósofo e escritor assim pertencente à etnia Krenak, um grupo indígena brasileiro com uma história marcada por lutas e resistência, localizados principalmente nas regiões de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo.

Autor de obras literárias notáveis como “Ideias para Adiar o Fim do Mundo” e “O Eterno Retorno do Encontro”. Krenak nasceu em Itabirinha, no coração de Minas Gerais, na região do Vale do Rio Doce.

Teve um papel decisivo na Assembléia Nacional Constituinte com um discurso histórico e emocionante, onde proferiu um discurso histórico e emocionante. Nesse momento emblemático, ele pintou o rosto com a tinta preta do jenipapo como um ato de protesto contra os retrocessos nas questões indígenas, enquanto defendia fervorosamente o direito à terra e o respeito às populações indígenas.

Ailton Krenak trilha uma notável trajetória de luta em prol dos direitos de seu povo e pela preservação da natureza. Sua vida e obra são um exemplo de inteligência, sabedoria, resistência e esperança. Inspirando todos nós a refletir sobre a importância da diversidade cultural e da proteção de nosso ambiente natural.

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