O artista Rafael Segatto Barboza da Silva acaba de lançar seu livro mais recente: “Linha-Mar”. A obra conta com reflexões profundas sobre o mar como um espaço de memória e identidade. O livro integra a pesquisa do autor sobre corpos, território e ancestralidade, sendo parte do projeto NADO.
“Linha-Mar” é dividido em seções e aborda temas como a memória das águas, travessia atlântica e a relação entre corpos e territórios costeiros: “As águas carregam histórias e resistências, funcionando como um arquivo vivo, um território de conexão entre tempos e experiências”, afirma o autor em um dos trechos do livro.
Uma das seções traz uma conversa do autor com a educadora e pesquisadora Ariana Nuala, onde falam sobre ancestralidade e pertencimento. Além disso, ele reflete sobre os impactos ambientais, a necessidade de preservação dos oceanos, assim como das comunidades tradicionais.
Dessa forma, o livro resgata saberes ancestrais que oferecem alternativas para um futuro sustentável. O artista demonstra, com uma combinação de textos, imagens e registros de performances, não apenas a grandeza do mar, mas também, como a arte pode ser uma aliada na busca por justiça ambiental e políticas ambientais.
Projeto NADO
O NADO – Experimentos para Corpos D’água é uma plataforma multidisciplinar de arte contemporânea. O projeto iniciou no ano passado, com a realização de três filmes e a exposição Linha-Mar, no Museu do Pescador, assim como de outras ações artísticas e educativas. A iniciativa nasceu no Espírito Santo, onde fica o ateliê do artista, no entanto, se estende nacionalmente, uma vez que aborda temas relevantes.
Sobre o autor
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Rafael Segatto Barboza da Silva é um artista que realiza pinturas, esculturas e instalações. Interage com o meio ambiente em suas obras, estando sempre em contato com pescadores e se deslocando entre regiões costeiras. Coleta materiais com os quais produz arqueologia marítima não formal, através de suas criações. Tem um ateliê que fica localizado na zona portuária de Vitória. Realizou as exposições individuais “Caminhos Possíveis” (2018) e “Paciência de Pescador” (2021), além de participar de várias exposições coletivas.
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