O livro “’ ‘Livre no tempo e em pedra aprisionada’ Roma nas culturas de língua portuguesa” agrupa estudos luso-afro-brasileiros analisando a presença da cidade romana em obras escritas na Língua Portuguesa. O trabalho foi escrito em português e editado na Itália pela Edizioni Nuova Cultura. Esta é uma obra gratuita e está disponível para download ou leitura online.
Os organizadores deste estudo são os acadêmicos Sonia Netto Salomão, Mariagrazia Russo, Giorgio de Marchis, Simone Celani e Federico Bertolazzi. A professora catedrática sênior de Língua, Linguística e Tradução Portuguesa e Brasileira da Faculdade de Letras e Filosofia da Sapienza Universidade de Roma, Sonia Netto Salomão então compartilha que este é o resultado de um trabalho coletivo.
“O livro reúne importantes estudos […] com análise de autores portugueses, brasileiros e africanos. No evento acadêmico, tratamos das relações entre as culturas dos países de língua oficial portuguesa e a cidade de Roma, contando com o apoio de autoridades portuguesas, brasileiras e italianas”, explica Salomão.
A publicação é fruto da Escola de Verão que a Associazione Italiana di Studi Portoghesi e Brasiliani promoveu em Roma no ano de 2022. Ainda mais, Salomão, que era a presidente da associação, afirma que o objetivo do trabalho é dialogar com a sociedade, levando para fora da universidade esta área de estudos.

Roma e a Língua Portuguesa
“’’Livre no tempo e em pedra aprisionada’ Roma nas culturas de língua portuguesa” contém 20 estudos. Os autores são falantes da Língua Portuguesa de origens brasileira, portuguesa e africana. Assim, com o título contendo um verso da escritora brasileira Cecília Meirelles, a publicação destrincha nuances da presença de Roma na literatura luso-afro-brasileira.
Alguns exemplos de escritas analisadas no estudo são de Padre Antônio Vieira, que pregou em Roma de 1669 a 1675. Também mencionado é António Manuel Ne Vunda, o primeiro embaixador africano em Roma. Por fim, Luís Fernando Veríssimo em seu livro “Traçando Roma” sobre o tempo em que viveu na cidade em 1986.
Conhecida como “Cidade Eterna”, Roma marcou a biografia e a produção de figuras canônicas da Língua Portuguesa ao longo dos séculos. Assim, parte desse legado é analisado no livro.
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