O escritor e dramaturgo Luiz Duarte Rocha acaba de lançar “Minha Querida Catita Capivara”. O título transmite o sentido lúdico da obra que narra o diálogo entre um homem e uma capivara solitária. Esses encontros acontecem nas madrugadas do Rio de Janeiro. A obra é não apenas uma narrativa fantástica, mas também uma análise crítica da condição humana. Assim, o escritor aborda a história das espécies no próprio sentido da existência.
O autor transita entre a origem da vida, evolução e formação do mundo, assim como a saga da espécie. Dessa forma, expõe com clareza como a nossa espécie viveu um ciclo de violência ancestral e ganância, tendo subvertido a ordem natural.
A obra é ousada e profundamente reflexiva. O autor tem uma visão ampla que abrange desde a microbiologia até a astrofísica, passando pela crítica social, racial e política. Desse modo, a capivara Catita é uma ouvinte e símbolo de uma sabedoria ancestral. Os diálogos com o homem contrastam com a ânsia destrutiva e o autoengano da humanidade. Assim, o autor convida a repensar não apenas seu lugar no mundo, mas também o sentido de estar vivo.
Sobre o autor
Luiz Duarte Rocha é escritor, dramaturgo, diretor, produtor e criador multidisciplinar. Vencedor do Prêmio Jabuti (1988), conquistou três vezes também o Prêmio Mambembe de Teatro, o Prêmio INACEN, Prêmio Coca-Cola e o Prêmio Nacional de Dramaturgia da Questão Negra (FUNDACEN) pela peça “Escrava Anastácia”.
Especialista em documentários científicos relacionados a pesquisas nas áreas de biologia, ecologia, evolução e meio ambiente. Desse modo, já produziu 62 documentários em parceria com diversos cientistas de universidades. Na televisão, ao longo da década de 1990, em parceria com seus colegas, dirigiu e coordenou a produção de toda a programação do canal institucional da rede SEST/SENAT.
Dirigiu o curta-metragem “O menino e o poeta”. O filme estreou no III Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles. Recentemente, ele concluiu seu primeiro longa-metragem, “Looping”, e está na fase final de pós-produção.
Graduou-se em Teoria Musical pela Escola Nacional de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e concluiu seus estudos em Harmonia com o maestro e compositor Guerra Peixe. No final da década de 1970, integrou o Grupo Maria Deia. Em seguida, no início da década de 1980, em parceria com o compositor e maestro Jaime Alem, liderou e produziu espetáculos no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Nos anos 2000, criou o espetáculo “Caetaneando”, que percorreu diversas capitais brasileiras ao longo dos anos. Também foi o criador do espetáculo “Cantando por Elas”, com músicas de Chico Buarque. É também ativista ambiental, sendo um dos líderes da Realidade Climática no Brasil. Foi o fundador do Quintal das Artes, uma escola de educação infantil em Botafogo, bairro do Rio de Janeiro, que há anos é referência na região.
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