Enquanto o mundo acelera, páginas preenchidas com lápis de cor convidam ao contrário: a pausa. Com traços simples ou ilustrações detalhadas, os livros de colorir retornaram ao topo das vendas. A princípio, entre os destaques, está Comfy and Cozy Blue, da Ciranda Cultural, que reforça a tendência do bem-estar dentro de casa, a chamada estética “comfy & cozy”.

Ao colorir, o corpo desacelera e a atividade ativa o sistema parassimpático, responsável pelo relaxamento. Diante disso, a mente, antes dispersa, encontra foco. Assim, o livro de colorir propõe uma desconexão: longe das telas, o tempo ganha outra qualidade.

Com lápis, canetinhas ou giz de cera em mãos, qualquer um se torna artista. Os livros então, oferecem cenas fofas e acolhedoras, perfeitas para os dias cinzentos. O preço, acessível, amplia ainda mais o alcance e é uma forma barata de bem-estar.

O famoso “livro de colorir” das celebridades

Créditos | Instagram e TikTok

Celebridades e influenciadores também entraram na brincadeira. O sucesso do livro de colorir “Bobbie Goods” não veio só: arrastou seguidores e outros títulos com ele. Em 2025, as vendas cresceram cinco vezes, motivando novas reposições nas prateleiras.

Abbie tinha um lápis e um sonho: transformar o comum em encantamento, e o tempo livre em poesia desenhada com calma. Com um traço de ternura e outro de nostalgia, Abbie “Bobbie” Goveia, ilustradora apaixonada, criou mundos que cabem entre uma xícara de chá e uma tarde silenciosa. Assim nasceu a Bobbie Goods, não como marca, mas como abrigo, um refúgio de cor para quem precisava respirar entre um dia e outro.

Hoje, suas páginas percorrem o mundo, tocando mãos apressadas com um convite simples e poderoso: “sente, escolha uma cor e comece”. Colorir não é apenas passatempo, para muitos, virou um ritual de autocuidado. Pais e filhos também se aproximam diante da mesma página em branco. A lista dos mais vendidos revela uma escolha coletiva: desacelerar é urgente.