Com curadoria de Trudruá Dorrico, o evento reúne autores, editores e artistas em homenagem à primeira geração de escritores indígenas
De 18 a 23 de novembro de 2025, o Museu das Culturas Indígenas (MCI), em São Paulo, recebe a primeira edição do Festival Literário Ayvu Nhevaitim – Encontro de Vozes Indígenas (FLAN).
O evento celebra a literatura de autoria e coautoria indígena. Assim, a programação irá reunir escritores, editores e artistas em uma programação que valoriza a diversidade cultural dos povos originários.
Homenagem aos pioneiros da literatura indígena
O FLAN também homenageia a primeira geração de escritores indígenas, que iniciou sua produção na década de 1970. Esses autores transformaram a palavra escrita em uma forma de resistência e afirmação cultural.
Entre os homenageados estão Graça Graúna, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, Ailton Krenak, Olívio Jekupé e Moura Tukano, entre outros. Eles abriram caminhos para que novas gerações continuem fortalecendo a presença das vozes originárias na literatura brasileira.
Dessa forma, o festival busca não só preservar a memória, mas também valorizar a diversidade linguística e cultural dos povos indígenas. Por fim, a iniciativa é uma maneira de aproximar o público da literatura indígena que une oralidade e escrita.
Tudo que você precisa saber sobre o FLAN
O festival oferece rodas de conversa, oficinas de escrita criativa, saraus e contações de histórias. Além disso, a entrada será gratuita e a programação completa será divulgada em 3 de novembro.
O evento é uma realização do MCI, instituição ligada à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Sendo assim, o FLAN reforça o papel do Museu das Culturas Indígenas como um espaço vivo, plural e conduzido por lideranças indígenas, que mantêm a cultura em constante movimento e renovação.
A curadoria é da escritora e pesquisadora Trudruá Dorrico (Macuxi), uma das principais referências da literatura indígena contemporânea.
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Conheça Trudruá Dorrico: a força por trás da curadoria
Natural de Guajará-Mirim (RO) e pertencente ao povo Macuxi, Trudruá Dorrico é doutora em Teoria da Literatura (PUC-RS) e mestre em Estudos Literários (UNIR). Reconhecida por difundir as culturas indígenas, ela já foi jurada do Prêmio São Paulo de Literatura e curadora da Mostra de Literatura Indígena: território de palavras ancestrais.
Trudruá é autora de livros como “Eu sou Macuxi e outras histórias” e “Tempo de retomada”, além de coorganizadora da antologia “Originárias: uma antologia feminina de literatura indígena” (2024). Seu trabalho busca criar pontes entre o público contemporâneo e a tradição indígena, tornando a literatura um espaço de diálogo e representatividade.
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Imagem de capa: Acervo MCI