O cinema de terror brilhou em 2025 e está alcançando cada vez mais pessoas com sua diversidade criativa. Enquanto grandes franquias se despedem honrosamente, novos filmes autorais exploravam o terror psicológico, o corpo, o trauma e a crítica social. O resultado foi um ano em que o medo assumiu várias formas, sendo algumas explícitas, outras silenciosas, mas todas marcantes.

A seguir, o Geek Sinistro separou os filmes que definiram o terror em 2025 e mostraram por que o gênero segue sendo o mais ousado do cinema.

Invocação do Mal 4: O Último Ritual

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Lorraine Warren (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson). Crédito: Reprodução / Warner Bros.

Invocação do Mal 4: O Último Ritual funciona menos como um filme de sustos e mais como um encerramento emocional. A trama coloca Ed e Lorraine Warren diante de um caso que parece ecoar tudo o que viveram antes, não apenas como investigadores do sobrenatural, mas como pessoas que envelheceram cercadas pelo medo.

A direção aposta em atmosfera, silêncios e construção lenta, evitando exageros e priorizando tensão constante. Não é o filme mais assustador da franquia, mas é certamente o mais maduro. O terror aqui vem do desgaste, da fé testada e da sensação de que algumas batalhas nunca deveriam ser travadas.

Porque marcou 2025: mostrou que até franquias comerciais podem encerrar sua trajetória com dignidade e identidade.

Disponível em HBO Max.

Pecadores

Pecadores foto 1
Imagem: Divulgação

Dirigido por Ryan Coogler, Pecadores é um dos filmes mais autorais do ano. Ambientado no Mississippi dos anos 1930, o longa mistura vampirismo com blues, racismo estrutural e culpa coletiva. Aqui, o monstro não é apenas a criatura sobrenatural, mas a sociedade que a alimenta.

Visualmente estilizado, o filme usa música como linguagem narrativa e constrói o horror de forma gradual, quase hipnótica. Não é um terror de jumpscare, mas de atmosfera e desconforto crescente.

Porque marcou 2025: provou que o terror pode dialogar com história, política e identidade sem perder força narrativa.

Disponível em: HBO Max.

A Hora do Mal (2025)- Ator Cary Christopher em cena do filme - Credito-IMDB
Crédito: Divulgação

A Hora do Mal

A Hora do Mal parte de uma premissa simples e aterradora: crianças desaparecem simultaneamente em uma pequena cidade. A partir daí, o filme se recusa a oferecer respostas fáceis. Assim, com uma narrativa fragmentada, acompanhamos diferentes pontos de vista, criando uma sensação constante de que algo está errado, mesmo quando nada parece acontecer.

O terror de A Hora do Mal está na ausência de informações, de controle, de segurança. Cada cena carrega uma tensão sufocante, e o espectador é convidado a montar o quebra-cabeça por conta própria.

Porque marcou 2025: resgatou o horror da sugestão e da paranoia coletiva, confiando na inteligência do público.

Disponível em HBO Max.

Premonição 6: Laços de Sangue

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Imagem: Divulgação

A franquia Premonição retorna consciente de sua própria natureza. Premonição 6: Laços de Sangue não tenta reinventar a fórmula, mas a aprimora: mortes elaboradas, encadeamentos absurdos e aquele prazer mórbido que os fãs conhecem bem.

O diferencial está no conceito de herança como padrões de morte se repetem ao longo de gerações. O filme brinca com expectativa e timing, criando sequências tão cruéis quanto engenhosas.

Porque marcou 2025: mostrou que o terror popular ainda sabe se divertir sem subestimar o público.

Disponível em HBO Max.

Faça Ela Voltar

Bring her back capa
Imagem: Divulgação

Faça Ela Voltar é um filme de terror australiano aposta no medo emocional. A história acompanha dois irmãos lidando com a perda e com forças sobrenaturais que parecem se alimentar da dor deles. O horror surge lentamente, quase como uma consequência inevitável do trauma.

O filme evita explicações excessivas e se apoia em atuações fortes e atmosfera opressiva. Cada ritual, cada silêncio, carrega peso simbólico.

Porque marcou 2025: lembrou que o terror mais eficaz muitas vezes nasce da dor humana, não do sobrenatural em si.

Disponível em HBO Max.

Juntos

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Juntos é um dos filmes mais desconfortáveis do ano e isso é um elogio. Utilizando body horror de forma explícita, o longa transforma um relacionamento tóxico em algo fisicamente grotesco.

O corpo se torna metáfora: fusão, dependência, perda de identidade. Não há vilões claros, apenas pessoas presas em um vínculo que consome tudo ao redor.

Porque marcou 2025: levou o body horror para o campo emocional, criando uma experiência perturbadora e profundamente íntima.

Disponível para aluguel em diversas plataformas, inclusive no Youtube.

Extermínio: A Evolução

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Imagem: Divulgação

Décadas após o surto inicial, Extermínio: A Evolução apresenta um mundo onde a sobrevivência deixou de ser esperança e virou rotina brutal. O filme aposta em violência crua, cenários desoladores e personagens moralmente exaustos.

Mais do que zumbis, o filme fala sobre colapso social, autoritarismo e o que resta da humanidade quando o medo vira norma.

Porque marcou 2025: mostrou que o terror pós-apocalíptico ainda é um espelho poderoso do mundo real.

Disponível em HBO Max.

Frankenstein – Guillermo del Toro

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Crédito: Netflix / Divulgação

O projeto dos sonhos de Guillermo del Toro finalmente ganhou vida — e não decepcionou. Sua versão de Frankenstein é menos sobre horror explícito e mais sobre abandono, rejeição e criação sem responsabilidade.

Visualmente deslumbrante, o filme trata o monstro com empatia, deslocando o medo para a crueldade humana. Cada cena carrega melancolia, beleza e tragédia.

Porque marcou 2025: redefiniu o clássico como um drama gótico emocionalmente devastador.

Disponível em Netflix.


2025 foi um ano em que o terror se recusou a ser apenas entretenimento descartável. Seja pelo espetáculo, pela crítica social ou pela introspecção, esses filmes mostraram que o gênero continua sendo o mais livre para experimentar, provocar e incomodar.

E convenhamos, se não for para sair do cinema um pouco abalado… nem vale o ingresso. Faltou algum filme nessa lista? Comente nossa postagem ou envie nos envie uma mensagem nas redes sociais! Vou adorar saber a sua opinião!

Imagem da capa: Netflix / Divulgação