No dia dos pais, nada melhor que o ditado popular “pai é quem cria” para destacar uma visão importante sobre ser pai. Isso significa que ser um pai vai além de ser biológico, envolvendo estar presente e cuidar ativamente da criança.
De antemão, a relação entre pai e filho é construída com tempo, valores e amor. Não se trata apenas de laços de sangue, mas de estar envolvido na vida diária da criança, ajudando a moldar sua personalidade.
A representação de pais não biológicos em livros tem desempenhado um papel cada vez mais significativo na literatura contemporânea. Essas histórias oferecem uma visão profunda e compassiva das relações afetivas entre figuras parentais e seus filhos, independentemente dos laços de sangue. Ao abordar o conceito de que “pai é quem cria”, esses livros destacam o impacto positivo e duradouro que pais não biológicos podem ter na vida das crianças.
Esses livros não apenas oferecem histórias envolventes, mas também contribuem para a compreensão mais profunda da diversidade e complexidade das famílias modernas. Eles celebram o poder do amor, do compromisso e do investimento ativo na criação de filhos, independentemente das conexões biológicas. Como resultado, essas histórias enriquecem nosso entendimento da paternidade e ressoam com leitores de todas as origens, inspirando reflexão e empatia.
Separamos cinco exemplos de personagens de livros que não são pais biológicos, mas desempenham o papel de pai de maneira notável:
Geralt – The Witcher
No universo bruxo, Geralt de Rívia vive uma vida solitária de caça e recompensas. Nem nos seus piores pensamentos, ele cogitou um dia ser pai, uma vez que bruxos são forjados para não poderem procriar. Mas o destino não quis dessa forma. Numa longa jornada, Geralt se vê em busca de uma garota, que pode mudar sua vida. Ciri, vai fazer o coração do bruxo amolecer e criar com ele uma linda relação de pai e filha. Em pouco tempo, Geralt percebe que o seu sentimento por ela é grande e ele irá a proteger a todo custo. Tal como um pai e uma filha.
Rúbeo Hagrid – Harry Potter
Hagrid, que é o guarda-caça de Hogwarts e tem um grande coração, desempenha um papel crucial na vida de Harry desde o início. Ele é o primeiro a informar Harry sobre seu passado mágico e sua aceitação na escola de magia de Hogwarts. Além disso, Hagrid frequentemente oferece apoio emocional, conselhos e assistência prática em momentos de necessidade.
Hagrid compartilha com Harry uma conexão profunda, servindo como uma ligação com o mundo mágico e oferecendo um senso de pertencimento e cuidado. Ele é uma presença constante e leal na vida de Harry, agindo como um guia paternal em sua jornada.
A relação entre Hagrid e Harry também mostra como a paternidade pode se manifestar através de laços não biológicos, enfatizando que um pai é alguém que cuida, orienta e se preocupa com o bem-estar e crescimento de uma criança, independentemente dos laços de sangue.
Luke – Os instrumentos mortais
Na saga de fantasia “Os Instrumentos Mortais”, escrita por Cassandra Clare, Luke Garroway é um personagem central. Ele é um lobisomem que costumava ser um Caçador de Sombras, mas teve seu destino alterado quando seu parabatai, Valentim Morgenstern, o traiu. Sua juventude foi marcada pela partida de sua mãe, que se juntou às Irmãs de Ferro, deixando Luke para ser criado por sua irmã. Durante esses anos, ele construiu uma amizade com Jocelyn Fairchild, com quem desenvolveu sentimentos, mas eventos complicados os afastaram.
Mais tarde, após um reencontro, Jocelyn vive uma vida normal com sua filha, Clary. Luke assume um papel quase paternal em relação a Clary, especialmente após a suposta morte de seu pai, Valentine Morgenstern. Ele demonstra ser protetor, carinhoso e constantemente preocupado com o bem-estar de Clary. Quando Jocelyn desaparece e Clary é introduzida ao mundo dos Caçadores de Sombras, Luke emerge como uma das poucas pessoas confiáveis em quem ela pode contar.
À medida que a narrativa avança, Clary descobre progressivamente mais sobre sua herança verdadeira, inclusive o fato de que Luke é um lobisomem. Isso lança luz sobre a profundidade de sua ligação protetora e afetiva. Enquanto enfrentam uma série de desafios e perigos juntos, a relação entre Luke e Clary se fortalece, atingindo um vínculo que se assemelha a uma relação pai e filha.
O aviador – O pequeno príncipe
O Aviador é quem narra a história do Pequeno Príncipe, compartilhando suas experiências e lições de vida com o jovem príncipe. Ele não apenas serve como um guia espiritual e emocional para o Pequeno Príncipe, mas também lhe oferece orientação e compreensão em suas interações com os diversos personagens que encontram em sua trajetória.
Ao longo do livro, o Aviador é um confidente e mentor para o Pequeno Príncipe, ajudando-o a entender o mundo adulto e as complexidades das relações humanas. Ele proporciona apoio emocional, ensinamentos valiosos e afeição ao Pequeno Príncipe, moldando profundamente sua perspectiva e valores.
Hans – A menina que roubava livros
Hans Hubermann desempenha um papel central no romance “A Menina que Roubava Livros,” escrito por Marcus Zusak. Sua natureza carismática e amável brilha ao acolher Liesel Meminger, a protagonista, em meio aos horrores da Segunda Guerra Mundial na Alemanha nazista, transformando-se em seu pai adotivo.
Ao apresentar Liesel ao mundo dos livros, Hans não apenas introduz nela o amor pela literatura, mas também se torna um porto seguro, uma fonte de segurança na tumultuada existência da jovem. Com sua gentileza inabalável, Hans se faz presente na vida da menina criando um vínculo de amor e cumplicidade. Ele revela a Liesel a beleza possível na vida, mesmo diante da adversidade, estabelecendo-se como uma figura insubstituível em sua jornada
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