“Perrengue Fashion” aposta em humor e consciência ambiental para levar famílias ao cinema; elenco destaca importância de preservar a Amazônia
O cinema brasileiro segue explorando novas formas de unir entretenimento e reflexão social. Em seu novo longa, Ingrid Guimarães (De Pernas pro Ar) estrela uma comédia que cruza dois mundos aparentemente distantes: o da moda e o da sustentabilidade.
A produção, dirigida por Flávia Lacerda (Auto da Compadecida 2), busca emocionar e divertir, mas também chamar atenção para questões urgentes, como a preservação da Amazônia e a forma como consumimos.
O elenco reúne nomes como Ingrid Guimarães, Filipe Bragança (Meu Sangue Ferve por Você), Michel Noher (Viagem do Medo) e Rafa Chalub, que destacam não apenas a leveza da história, mas também sua relevância diante dos desafios ambientais e sociais atuais.

Encontro entre moda e Amazônia
O filme parte do contraste entre universos diferentes, mas complementares. De um lado, o glamour da moda; de outro, a luta pela preservação ambiental. Para Michel Noher, que interpreta Lorenzo, essa dualidade foi uma das maiores riquezas do roteiro:
“Acredito que o filme seja universal, pois é um encontro de mundos: o da moda com a ecologia e também o de diferentes gerações, tratado de forma sensível e bem-humorada. Quando li o roteiro, me apaixonei pelo que acontece. Além de ser engraçado, traz uma mensagem linda: fala do amor, do amor de uma mãe pelo filho e do amor do filho pela terra”.
Além disso, Flávia Lacerda reforça o orgulho em ver a diversidade de filmes nacionais ganhando espaço:
“Uma diversidade incrível de filmes nacionais, e eu me orgulho demais de fazer parte disso”.
Para Ingrid Guimarães, mais do que entreter, o longa também carrega a missão de reconectar o público brasileiro às salas de cinema.
Segundo a atriz, os hábitos mudaram com a popularização das plataformas de streaming, mas a experiência coletiva da tela grande segue insubstituível:
“Precisamos que esse filme seja mais um a trazer o público de volta ao cinema. Ainda não chegamos aos velhos tempos, já que muitas pessoas preferem esperar que chegue às plataformas. Mas este é um filme para assistir com toda a família: algo que emociona e faz rir. Estamos muito empolgados em levar o público novamente às salas de cinema”.

Sustentabilidade como fio condutor
Filipe Bragança, que vive Cadu, ressaltou como o personagem carrega virtudes que ultrapassam a ficção. Para ele, Cadu representa uma geração que se preocupa com o meio ambiente e o futuro do planeta. Ele tem a virtude de largar toda a vida para se dedicar a uma luta que é importante para o planeta.
“Aprendo com o Cadu a me movimentar dessa maneira, priorizando uma causa que é maior que nós. O filme, dentro da comédia, leva as pessoas ao cinema e transmite uma mensagem sustentável, saudável e importante.”
Já Rafa Chalub destacou o aprendizado ao lado de Ingrid Guimarães, além de ressaltar a delicadeza da abordagem. Para ele, trabalhar com a atriz “deu muito certo porque ela sempre foi uma referência”. Além disso, o ator também falou sobre a relação da moda com o meio ambiente:
“Não queríamos demonizar o mercado da moda. Mas existem formas de fazer que impactam o meio ambiente e temos que olhar isso.”
Michel e o olhar estrangeiro sobre a Amazônia
O ator argentino Michel Noher mergulhou em uma experiência cultural intensa durante as filmagens. Para ele, a produção também abriu portas para um novo olhar sobre o Brasil e sua diversidade.
“Trabalhando no filme, consegui entender muito sobre a Amazônia. Como o ritual com a ayahuasca, por exemplo. Sei que aqui é algo muito importante e sagrado, e eu, como argentino, quis tratar com muito respeito. Também tivemos a oportunidade de conversar com muitas pessoas e aprender sobre diversos assuntos regionais”.
A troca cultural também marcou Ingrid Guimarães, que destacou a surpresa do colega diante da realidade amazônica:
“É muito legal ver o Michel vendo a Amazônia. Ele ficou chocado com o boto. É muito legal ver o olhar de um gringo para essa região do Brasil”.
Michel completou descrevendo sua experiência nas locações:
“Eu adorei. No primeiro dia, filmamos na caverna, e foi uma experiência incrível, logo que cheguei de Buenos Aires. Foi uma experiência linda, da qual eu queria voltar. Também adorei a culinária”.
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Um filme para rir, se emocionar e refletir
Entre encontros, aprendizados e mensagens universais, o longa mostra que é possível transformar uma comédia leve em veículo para reflexões profundas sobre a preservação do planeta, os laços familiares e os valores que conectam gerações.
Mais do que uma história sobre moda ou ecologia, o filme convida o público a repensar suas escolhas e a perceber que, entre risadas e emoções, sempre há espaço para refletir sobre o futuro.
Imagem de capa: Paris Filmes/Divulgação
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