Quentin Tarantino revela lista atualizada dos melhores filmes do século XXI em sua opinião e reforça influência de produções que marcaram a virada do milênio
Quentin Tarantino voltou a movimentar o debate sobre o cinema contemporâneo ao divulgar sua lista atualizada com os dez melhores filmes do século 21. As escolhas foram reveladas durante uma entrevista ao “The Bret Easton Ellis Podcast“, repercutindo rapidamente entre cinéfilos e profissionais da indústria. O diretor, conhecido por sua visão particular sobre narrativa, ritmo e linguagem cinematográfica, destaca obras que, segundo ele, moldaram e desafiaram padrões das últimas duas décadas.
A lista combina animação, drama histórico, ação e comédia, reforçando o interesse de Tarantino por filmes com construção técnica marcante e forte impacto visual. A seleção também reacende discussões sobre influências, autoria e permanência das produções lançadas após os anos 2000.

O topo da lista: “Falcão Negro em Perigo” e a construção de impacto
No primeiro lugar está “Falcão Negro em Perigo”, dirigido por Ridley Scott. Para Tarantino, o longa representa o ápice do cinema do século 21, especialmente pela condução das cenas de combate e pela intensidade do filme. O cineasta afirmou que só reconheceu o impacto total da obra anos após sua primeira sessão. Ao revisitar o título, observou que a narrativa sustentava tensão do início ao fim, algo que, segundo ele, poucos filmes conseguem manter.
Tarantino destacou ainda a forma como o filme alcança o que chamou de “sentido de propósito visual” semelhante ao de “Apocalypse Now“. Em sua avaliação, essa construção transforma o longa em um marco dentro do cinema de guerra contemporâneo.
Na segunda posição aparece “Toy Story 3”, de Lee Unkrich. O diretor classificou o filme como “quase perfeito” e citou a força de suas sequências finais como elemento determinante para sua escolha. A presença de uma animação no topo reforça como o gênero ampliou sua relevância no século 21.
Completando o pódio está “Encontros e Desencontros”, de Sofia Coppola. A escolha destaca a importância do cinema independente para a filmografia recente e o papel da diretora na consolidação de histórias intimistas durante os anos 2000.

A diversidade das escolhas: ação, suspense e reinvenções
Na quarta posição surge “Dunkirk”, de Christopher Nolan. Tarantino revelou que não gostou da obra em sua primeira sessão, mas que sua percepção mudou após múltiplas revisões. O diretor afirmou que o filme se tornou um dos mais impactantes do século depois de revisitá-lo, citando “domínio técnico” e “estrutura precisa”.
Logo depois aparece “Sangue Negro”, de Paul Thomas Anderson, seguido por “Zodiaco”, de David Fincher, ambas produções frequentemente citadas em listas de destaque da crítica internacional. Em sétimo, Tarantino escolhe “Incontrolável”, de Tony Scott, reforçando sua admiração pela filmografia do diretor.
“Mad Max: Estrada da Fúria”, de George Miller, ocupa o oitavo lugar, enquanto “Todo Mundo Quase Morto”, de Edgar Wright, aparece em nono, representando a consolidação da comédia britânica no século 21. A lista se encerra com “Meia Noite em Paris”, de Woody Allen.
O recorte evidencia um conjunto variado de estilos, unindo blockbusters, thrillers investigativos e comédias de humor ácido. O posicionamento de Tarantino evidencia o impacto que cada uma dessas obras teve na estética e na recepção do cinema recente.

O que ficou fora do top 10: referências e polêmicas
O diretor também citou os filmes posicionados entre o 11º e o 20º lugar. Entre eles estão “Battle Royale”, “Jackass: Cara-de-Pau – O Filme”, “Escola de Rock”, “O Homem Que Mudou o Jogo” e “Amor, Sublime Amor” (2021). Durante a entrevista, Tarantino chamou atenção ao comparar “Battle Royale” com a franquia “Jogos Vorazes“, apontando semelhanças entre as duas obras e questionando publicamente a falta de reconhecimento dessa influência.
Além disso, Tarantino lembrou que já havia incluído “A Rede Social” como o melhor filme dos anos 2010, reforçando sua visão sobre como narrativas de impacto moldaram o cinema recente.
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A lista divulgada pelo diretor contribui para o debate contínuo sobre as obras mais influentes do século 21. Ao reunir filmes de grande alcance e produções independentes, Tarantino destaca a pluralidade do período e abre espaço para novas revisões críticas sobre o cinema das últimas décadas.
Imagem de capa: Kevin Winter/Getty Images
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