Queen Stars Brasil é a nova estreia nacional da HBO Max. A produção é um reality show apresentado por Luísa Sonza e Pabllo Vittar. Assim, o novo programa é uma competição entre 20 drag queens, mostrando a arte e a cultura presente na vivência da cada uma delas. 

Primeiramente, o reality Queen Stars Brasil estará dividido em oito episódios, exibidos toda segunda-feira, a partir do dia 24 de março na HBO Max e será exibido pela TNT a partir do dia 4 de Abril. 

Além disso, o programa conta com três jurados na competição: Vanessa da Mata, Diego Timbó e Tiago Abravanel.

Tendo Pabllo e Luísa no comando, as participantes terão que trazer tudo o que sabem entre performance, canto e dança. Dessa forma, as habilidades de cada uma das 20 participantes serão aperfeiçoadas e transformadas em um show de apresentações diante dos jurados, além dos desafios lançados. Ao longo de Queen Stars Brasil, aos poucos, as participantes serão eliminadas até chegarem a grande final, com apenas três delas sendo coroadas como rainhas do pop.

Luísa Sonza, Pabllo Vittar e Diego Timbó em col

Conheça as participantes: 

AIMÉE LUMIÈRE

Formação: Desde os 13 anos estuda teatro. Além disso, graduou-se em psicologia, o que se tornou uma base importante para sua aceitação.

Sua drag: Aimée nasceu por vergonha de cantar em público. Criou uma drag inspirada em Charles Chaplin e também em uma amiga francesa. Assim, quando se viu de drag percebeu que era aquilo que faltava em sua vida. Em Salvador faz muito sucesso, tem uma noite chamada Karaokê da Aimée e já comandou um trio elétrico. 

ARQUIZA

Formação: Sempre cantou no banheiro e ainda na escola aprendeu a tocar flauta doce. Além disso, estudou música no Instituto de música de João Pessoa e é multi-instrumentista.

Sua drag: O nome de sua drag surgiu quando a mãe lhe contou que se tivesse uma filha mulher seu nome seria Arquiza. Para entrar nas redes sociais, ficou um ano se planejando, aprendendo a se maquiar sozinho. Por dia fazia três maquiagens para se especializar.

ASHILLEYY EXTRAVAGANZZA

Formação: Começou a estudar percussão com 9 anos, depois já aprendeu flauta transversal, o que a levou a tocar em orquestras, bandas de chorinho e fanfarras.

Sua drag: Ashilley é a que chega chegando. Um trator na presença: fala alto, ri, emenda uma piada na outra, é cativante e carismática. Apesar do visual puxado pro Dark, suas referências são três tias divertidíssimas. “Ashilley é a tia do pavê usando roupa sadomasoquista”, ela diz.

DACOTA MONTEIRO

Formação: Fez curso de teatro, canto e atuou em mais de 30 peças. Desde 2009, trabalha com teatro musical.

Sua drag: Dacota nasceu de uma montação dentro do banheiro. Negro, a vida toda sofreu racismo. O nome da Dacota surgiu daí: é uma piada que ela faz consigo mesmo, por ser da cota. Acredita que seu diferencial é o humor e o carisma e em um grupo se destaca por ser a estrela.

DIEGO MARTINS

Formação: É ator de musical e desde muito novo estuda teatro e teatro musical. Participou do Canta Comigo na Record TV e do X-Factor na BAND.

Sua drag: Durante a temporada de uma peça que estava em cartaz, chegava antes que todos no camarim, só para experimentar as perucas. O assessor do espetáculo também era drag e o incentivou. Portanto, Diego gosta de dizer que é um modelo de drag alternativa pelas suas montações excêntricas. Acredita que sua barba natural seja seu maior diferencial por quebrar os padrões.

DIVANNA KAHANNA MONTEZ

Formação: Entrou para um grupo de teatro onde ficou seis anos. Ali fez aulas de canto, técnicas vocais. Além disso, mais tarde, estudou ballet e dança clássica. Depois disso, fez parte de um grupo com cinco drags chamado Drags Dolls.

Sua drag: Acha que ser drag é um ato político e libertário. Além de descobrir sua negritude, Divanna quer que as pessoas entendam que Drag não define gênero. Não gosta de ser chamada de militante, mas sim de consciente.

FÁBIO CHIAMENTI

Sua drag: Aos 20 anos se montou pela primeira vez. Assim, começou a se montar para si mesmo para postar em suas redes sociais. O diferencial de sua drag é sua história e ligação com a arte desde sempre. Além disso, se considera uma drag bagaceira e sem pudor.

IVANA CONDA

Formação: Na escola assistiu uma peça de teatro e se conectou instantaneamente com a arte porque gosta de aparecer, embora se considere uma pessoa introvertida. Estudou teatro e fez um curso de canto porque percebeu que cantava mal.

Sua drag: Ivana nasceu um dia enquanto ele se maquiava assistindo RuPaul junto com um amigo. Voltou para casa e se maquiou de novo e foi gostando. Em 2019 participou de um grande concurso de drag, no Rio de Janeiro e apesar de não ser a preferida do público acabou ganhando a competição. Suas referências são as grandes divas do Samba e gosta de deixar clara essa identidade também em seus figurinos. 

KATHA MAATHAi

Formação: Sempre gostou de cantar por causa do Michael Jackson, de quem é muito fã. Autodidata aprendeu a tocar violão. Desde 2011 compõe suas músicas. Seu maior sonho é gravar um CD

Sua drag: Um amigo o avisou de um evento na cidade, ele se montou e gostou. Nunca tinha pensando em ser drag mas chegou a cogitar se seria uma mulher trans. Sente que é muito difícil ter visibilidade na cidade em que mora, no interior da Bahia. Kata Maathai é uma junção de um nome Irlandês e Africano.

LEYLLAH DIVA BLACK

Formação: Começou a fazer aula de canto em 2014. Sempre quis ser artista, mas se graduou em Educação Física.

Sua drag: Em 2004 se montou pela primeira vez. Aos 19 anos começou a fazer show e aos 21 anos ganhou um concurso. Sempre se inspirou nas cantoras e cantores pretos internacionais como Whitney Houston e Marvin Gaye. Por ter sofrido preconceito racial, quer usar sua arte para falar com empatia.

LUKA CORTEZ

Formação: Desde criança fez teatro, se apresentava na escola em festivais. Autodidata, aprendeu a cantar e a dançar e já teve uma banda de rock. Estudou Cinema na Faculdade Belas Artes de São Paulo e se formou em Publicidade.

Sua drag: Durante um carnaval se montou pela primeira vez aos 22 anos e ganhou o concurso de fantasia. Assim, não parou mais. Nascia a Luka Cortez. Portanto, faz questão de levantar a bandeira do Norte. Suas influências vieram do tecnobrega.

LUWI BLOOM

Formação: Apaixonada pelo mundo fashion, se formou em design de moda.

Sua drag: Se montou pela primeira vez quando tinha 18 anos em seu aniversário. Luwi Bloom tem uma barbie própria e assim como seu criador, a barbie tem barba. Considera a barba seu diferencial . Foi difícil crescer sendo um gay afeminado em uma cidade tão machista, mas cresceu amando maquiagem e moda. Hoje desenha suas próprias roupas.

MERCEDEZ VULCÃO

Formação: Começou a fazer teatro aos 11 anos. Na adolescência, resolveu se formar em artes cênicas. Autodidata, aprendeu também a tocar violão com seu irmão aos 9 anos. Assim, começou a cantar quando tinha 17 anos, fez curso de canto e coral, além de atuar em muitos musicais

Sua drag: Sua grande referência para criar a Mercedez é o cineasta Almodóvar. Sempre teve vontade de se montar, e em 2015 fez um workshop de drag e descobriu o que queria ser. Fez curso de maquiagem, e peluquería. Além disso, considera a arte drag um ato político. No meio do processo da criação de Mercedez, encontrou a Delores, sua irmã drag e sua sócia em uma cia de teatro voltada para a estética drag.

NAJA WHITE 

Formação: Autodidata, desde os 6 anos cantava na igreja. Assim, foi se aprimorando até conseguir cantar sozinho.

Sua drag: Sempre flertou com a arte drag. No início, Naja era mais para dar close. Foi entendendo a arte e respeitando. Hoje, se considera uma drag engraçada, apesar de ser emo e sensível. Também compõe música e atualmente tem umas 30 canções escritas. Roqueira e Emo. Esse é o diferencial de sua drag. Em 2020 lançou o EP “Desabafemos”.

OHANA AZALEE

Formação: Aprendeu a cantar na igreja. Nas ruas, começou a desenhar e se tornou tatuador profissional.

Sua drag: Em 2015 nasce a Ohana de uma vontade de viver sua arte de forma completa, e também como um ato político. Ohana salvou a vida de Wallace, porque ele começou as fazer shows e trabalhos como hostess.

RAVELL

Formação: Crescido num ambiente musical, ele canta há 14 anos. Já morou em Goiânia, Vila Velha, Belo Horizonte e Buenos Aires, cidades onde fez uma série de shows de covers das divas do pop – entre eles, de abertura dos shows de Pabllo Vittar, Aretuza Lovi, Maria Gadu, e Alexandre Pires.

Sua drag: É na arte Drag que ele põe em prática toda sua história: relação familiar, canto e dança.

REDDY ALLOR

Formação: O caminho de deixar a dupla que tinha com o irmão para ser Drag foi natural. Apesar de novo, tem bagagem musical e acredita muito em sua voz e trabalha nela constantemente.

Sua drag: Ser uma drag no sertanejo é algo novo e só com muita conversa conhece quebrar os paradigmas. Suas referências musicais são os cantores do sertanejo raiz. Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico, Bruno e Marrone. Afirma que ainda está conhecendo o universo pop, e seu maior sonho é conseguir viver da sua arte para ajudar sua família.

SARAH VIKA

Formação: Primeiramente, Seu contato com a música aconteceu cedo. Tem duas tias cantoras, além da irmã mais velha. Quando adolescente, passava as tardes na comunidade do orkut do RBD. Ali acontecia competição de canto, com a música ele foi se entendendo e se aceitando.

Sua drag: Sarah nasceu em 2012 no Hallowen. Ganhou uma competição de maquiagem no programa Super Bonita da GNT. Sarah tem apreço e cuidado com a maquiagem. Usa enchimentos para deixar seu corpo mais curvilíneo mas tenta não abusar muito da sensualidade. Estar se apresentando de drag, para ele, é como ser uma ferida exposta em um palco.

SASHA ZIMMER

Formação: Começou a compor e a cantar aos 14 anos, em uma competição do colégio.

Sua drag: O interesse em se montar começou através do seu interesse pela dança. Se inspira em Britney e Beyoncé. Se montou pela primeira vez aos 17 anos, quando participou de um concurso de drags em uma boate em Limeira e ganhou. Foi em um show de Sasha que Pabllo Vittar decidiu que queria viver de sua arte. Em 2012, venceu um concurso entre mais de 90 drags. No ano de 2016, venceu a segunda temporada do reality show “Academia de Drags” no Youtube. Em 2020 participou do reality “No Gás do Just Dance”, game de dança apresentado por Lexa. 

WES DRAG

Formação: Já deu aula de violão e inglês. Aprendeu a maquiar e se profissionalizou como cabeleireiro. Descobriu que sabia cantar assistindo “Camp Rock” na sessão da tarde. Já teve um duo com outra drag e eram conhecidos como “Armário de Saia”, fizeram apresentações em 12 estados, alcançaram 200 mil pessoas no Youtube e foram destaques em um trio elétrico na parada gay em São Paulo.

Sua drag: É uma artista que gosta de mesclar o masculino e o feminino em seus looks. Não usa muito salto, mas é fã das botas. Compositora, suas canções contemplam o ritmo R&B.

Queen Stars Brasil:

Sobre a proposta e o movimento do programa Queen Stars Brasil, Pabllo Vittar fala sobre a inspiração das histórias e trocas de experiências: “Tem muita gente que não tem a noção do que é esse movimento queer, justamente acho que a proposta do programa é invadir a casa das pessoas para mostrar a diversidade, pra mostrar visibilidade e dar o aval. Porque as meninas são muito talentosas e eu fiquei muito contente de estar a frente do programa junto com Luísa, apresentando e conhecendo um pouco mais das histórias delas que são tão inspiradoras, assim como as nossas histórias são inspiradoras pra elas também. A gente aprendeu muito com elas e eu tenho certeza que as pessoas de casa também vão se inspirar e aprender muito”.

E assim, Luísa Sonza reforça: “eu acho também que vai ser uma oportunidade muito legal das pessoas verem as histórias que estão por trás de tanta beleza, de tanta grandiosidade. Porque nesse programa, a gente não trouxe apenas aquela performance. A gente trouxe a vida das meninas, a gente trouxe as histórias, a gente chorou, se emocionou. Então é um programa que vai muito além de qualquer outra coisa e com certeza ele vai tocar muito as pessoas.”

Luísa Sonza, Pabllo Vittar e Diego Timbó / Coletiva de Imprensa em São Paulo
Luísa Sonza, Pabllo Vittar e Diego Timbó / Coletiva de Imprensa em São Paulo

A arte queer

Queen Stars Brasil promete ser um programa de muita representatividade e tem a proposta de falar abertamente sobre a cultura drag queen, mostrando possibilidades dentro da arte queer 

“Eu sou de Sobral que é interior do Ceará. Eu fico imaginando como é que vai ser ter crianças de Sobral, do Maranhão, do Sul, do país inteiro assistindo junto com os pais. Isso vai ser uma reeducação do Brasil. No momento onde a educação é a última das prioridades. Então eu acho que o Queen Stars é uma oportunidade de expandir o acesso e gerar liberdade pra que você seja quem você é, pra que as pessoas se conectem com elas próprias e  consigam exercer a liberdade delas na sociedade”, ressaltou Diego Timbó, um dos jurados do programa ( que inclusive, foi apontado, em um tom descontraído e com risadas, como o jurado chato do programa, segundo Pabllo e Luísa). 

Luísa, Pabllo e Timbó em Coletiva de Imprensa em São Paulo

Então, enquanto o dia não chega, confira abaixo o trailer oficial do reality Queen Stars Brasil, no canal da HBO Max: