A literatura transporta leitores para diferentes realidades e amplia perspectivas, tornando-se uma ferramenta poderosa para a inclusão. Nos últimos anos, a ficção tem avançado na representatividade ao incluir mais personagens com deficiência, retratando-os com profundidade e humanidade.

A representatividade nos livros é essencial para reconhecer e valorizar diferentes vozes, permitindo que leitores se identifiquem e se sintam pertencentes às histórias. Além disso, autores que criam personagens diversos ampliam a empatia e ajudam a refletir as múltiplas realidades da sociedade.

Para ilustrar essa importância, vou mostrar três livros que trazem uma representatividade significativa.

Interseção – Vanessa Reis

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No romance Interseção, de Vanessa Reis, Catarina precisa dividir seu espaço de trabalho com JPS, um colega que ela considera implicante e teimoso. Com o tempo, ela percebe que sua primeira impressão estava errada. JPS enfrenta desafios diários devido à sua deficiência, mas demonstra competência e inteligência. Aos poucos, a hostilidade inicial dá lugar ao respeito e ao carinho. A autora combina tensão, humor e romance, criando uma narrativa cativante e envolvente.

Nunca vi a chuva – Stefano Volp

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Stefano Volp apresenta uma história emocionante e reflexiva em Nunca vi a chuva. Lucas, um jovem com uma vida aparentemente perfeita, sente um vazio inexplicável. Quando chega ao limite, ele recebe um vídeo surpreendente: um rapaz idêntico a ele, mas com deficiência visual. Determinado a entender essa conexão, Lucas abandona sua vida em Portugal e parte para o interior do Rio de Janeiro. Ele busca respostas sobre seu passado e sua identidade. Escrito em formato de diário, o romance explora temas como pertencimento, depressão e autodescoberta de forma tocante.

Um acordo e nada mais – Mary Balogh

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Mary Balogh rompe padrões da literatura de época em Um acordo e nada mais. Vincent, visconde Darleigh, perdeu a visão no campo de batalha e não suporta mais a interferência da família. Para fugir de um casamento arranjado, ele viaja para o campo, onde Sophia Fry o salva de outra emboscada conjugal. Sem alternativa, Vincent propõe um casamento de conveniência. Aos poucos, a amizade se transforma em amor. A autora constrói um romance envolvente sobre superação, companheirismo e sentimentos verdadeiros.

A importância da representatividade

Esses três livros mostram como a literatura pode retratar a deficiência de forma sensível, sem clichês. Os protagonistas enfrentam desafios reais, mas também vivem, amam e evoluem. Portanto, essas histórias ampliam a empatia e promovem uma sociedade mais inclusiva. Assim, a representação na ficção contribui para dar voz às diversas experiências humanas.