“O Gênio do Crime” é um clássico da literatura infantojuvenil brasileira que mistura mistério, aventura e crítica social de forma engenhosa e vibrante. Seu Tomé, dono de uma fábrica de figurinhas de futebol, é um homem honesto, mas sua vida muda drasticamente quando surge uma concorrência clandestina. A distribuição desigual das figurinhas cria um sistema de prêmios justo, até que tudo desanda.

Com palavras simples e ritmo acelerado, João Carlos Marinho constrói um enredo envolvente, onde crianças tornam-se verdadeiros detetives em meio a uma crise. Edmundo, Pituca e Bolachão, trio carismático, mergulham na investigação, mostrando coragem e astúcia. A entrada de Berenice fortalece ainda mais a narrativa, adicionando diversidade e inteligência ao grupo.

A grande sacada do livro é o antagonista: um verdadeiro gênio do crime. Ele não é um vilão qualquer, mas um cérebro estratégico, que desafia nossos heróis com um plano elaborado e surpreendente. O confronto entre o bem e o mal não se resolve com força, mas com inteligência, tornando o desfecho eletrizante.

Impressões sobre o livro

“O Gênio do Crime” surpreende pela inteligência do enredo e pela agilidade da narrativa. Mesmo sendo voltado ao público jovem, o livro envolve leitores de todas as idades com seu suspense bem dosado e personagens carismáticos. Além da aventura, o autor oferece uma crítica sutil ao sistema de consumo e à corrupção, tudo embalado em humor e suspense. A leitura flui naturalmente, com transições bem costuradas e cenas visualmente marcantes. Não à toa, o livro conquistou gerações e segue relevante.

No fim, “O Gênio do Crime” é mais do que uma história policial infantil, é uma aula de engenhosidade e imaginação, capaz de encantar leitores de todas as idades.