Os novos episódios exploram os obstáculos crescentes no romance entre Ruby e James
A segunda temporada de Maxton Hall – O Mundo Entre Nós chega mais densa do que a anterior. Os seis novos episódios elevam a carga dramática da série, abordando temas sérios como luto e saúde mental.
Na trama, após a morte da mãe de James (Damian Hardung), ele e Ruby (Harriet Herbig-Matten) enfrentam novos desafios para manter o namoro. Enquanto isso, Mortimer (Fedja van Huêt), pai do rapaz, intensifica suas sabotagens na tentativa de destruir o relacionamento dos dois.
Alta dose de drama e vilania

A nova temporada acompanha o luto de James e seu processo de cura. Depois que seu comportamento autodestrutivo levou ao fim do namoro com Ruby, o jovem se vê sozinho e decide buscar por ajuda psicológica. Com a terapia, ele amadurece e reconquista a confiança da amada.
Ao mesmo tempo, os dois lidam com as armações de Mortimer. O empresário acredita que, devido à origem humilde da garota, ela não é uma companhia adequada para seu filho. Assim, ele usa sua influência para manipular situações e prejudicar Ruby em sua vida pessoal e acadêmica.
A trama rende excelentes cenas, reforçadas pelas atuações de Damian Hardung e Harriet Herbig-Matten. Já elogiados na primeira temporada, os atores retornam ainda melhores, principalmente nas cenas emocionais.
Destaque para personagens secundários
Além do casal protagonista, a segunda temporada também amplia o espaço de personagens que ficaram apagados na fase anterior. É o caso de Lydia (Sonja Weißer), irmã de James. A gravidez da garota e seus desdobramentos compõem uma das histórias mais interessantes da nova temporada.
Ademais, o roteiro também aprofunda o vilão Mortimer. Na primeira temporada, ele parecia um antagonista típico: o pai rígido que só pensa em dinheiro e negligencia a família. Nos novos episódios, porém, o personagem ganha complexidade. Descobrimos que ele realmente amou Ophelia (Dagny Dewath), sua esposa falecida, e uma das cenas mais impactantes é seu colapso emocional diante do luto. Em raros momentos, ele até demonstra afeto genuíno pelos filhos, apesar de seu comportamento cruel.
Outros personagens que ganham mais desenvolvimento são Ember (Runa Greiner) e Cyril (Ben Felipe). Enquanto a irmã de Ruby enfrenta suas inseguranças e passa a interagir mais com outras pessoas além de sua família, o rapaz lida com a pressão de conseguir uma vaga na universidade apesar do baixo desempenho acadêmico.

“Maxton Hall” tem muito a dizer, mas poucos episódios para desenvolver
O maior problema da segunda temporada de “Maxton Hall” é a densidade de temas frente à curta duração. Com apenas seis episódios, o roteiro não consegue aprofundar todas as questões apresentadas, deixando algumas tramas superficiais.
Por exemplo, quase não vemos as consequências da demissão de Helen (Ginal Henkel), mãe de Ruby. A situação financeira da família é um dos pilares do conflito da protagonista desde a primeira temporada. Portanto, quando a família perde sua principal fonte de renda, seria esperado um impacto maior na narrativa.
Além disso, alguns personagens são introduzidos sem desenvolvimento suficiente, deixando dúvidas sobre sua relevância. A aparição de Ophelia (Dagny Dewath), tia materna de James e Lydia, indicava que ela teria um papel importante no núcleo do clã Beaufort. No entanto, a personagem é pouco explorada e sua função na história permanece vaga.
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Vale a pena assistir “Maxton Hall?
Sim. Apesar do ritmo acelerado, a segunda temporada de “Maxton Hall” é envolvente e expande o universo da série. Os episódios são bem conduzidos, com boa direção e um elenco em destaque. Além disso, o roteiro deixa ganchos promissores para a terceira temporada. Assim, é possível esperar uma continuação eletrizante para a história de Ruby e James.
Imagem de capa: Redes Sociais (@primevideode) / Gordon Muehle
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