Último episódio estreou na quarta-feira (17) e deixou os fãs com o coração quentinho, mas cheio de perguntas
Chegou a hora de dizer adeus a Cousins Beach (ou quase isso)! O Prime Video disponibilizou o último episódio da 3ª temporada de O Verão Que Mudou Minha Vida. Após meses acompanhando a vida de Belly e tentando adivinhar com qual dos irmãos Fisher ela ficaria no final da história, finalmente temos uma resposta. Talvez, não do jeito que esperávamos.
Baseado na trilogia “Verão“, de Jenny Han, a temporada começou mostrando o relacionamento de Belly (Lola Tung) e Jeremiah (Gavin Casalegno). O roteiro seguiu os acontecimentos do terceiro livro “Sempre Teremos o Verão“, mas, como uma boa adaptação, tivemos mudanças significativas na história, principalmente nos últimos episódios.
O começo do fim do triângulo amoroso
Desde a primeira temporada acompanhamos Belly lidando com o amor que sempre sentiu por Conrad (Christopher Briney) e desenvolvendo sentimentos pelo irmão dele, Jeremiah. Então, quando começamos a terceira temporada da série e a protagonista está em um relacionamento com o irmão Fisher mais novo, sabemos que logo Conrad vai aparecer para causar turbulência na situação.
O roteiro seguiu a risca a questão do triângulo amoroso, até mesmo no que diz respeito a traição de Jeremiah (ou será que eles estavam realmente dando um tempo?). A questão é, após aceitar o pedido de desculpa e o pedido de casamento do namorado, Belly vai passar um tempo em Cousin. E é óbvio que Conrad estaria lá, porque ele perdeu um estágio e depois renuncia a outro para não deixar a protagonista sozinha naquela casa durante todo o verão.
A construção da reaproximação do ex-casal é feita gradativamente. No início, percebe-se que eles ficam distantes um do outro, mas logo essa situação vai mudando. É através das pequenas interações com Conrad, enquanto Jeremiah está trabalhando, que Belly vai percebendo que ainda ama o irmão mais velho do noivo.

O amadurecimento dos personagens
A temporada teve um salto temporal de quatro anos em relação ao final do segundo ano da série. Porém, essa passagem de tempo não influenciou em quase nada as atitudes dos personagens. Na verdade, parece que eles foram amadurecendo mais ao longo dos episódios, que retratam apenas um ano de diferença do primeiro episódio para o décimo primeiro.
Jeremiah é o que mais se parece com versão apresentada na primeira temporada da série. Talvez ele seja o personagem mais injustiçado nesse sentido de amadurecimento. A personagem Taylor (Rain Spencer) também tem essa questão, mas na metade da temporada já conseguimos ver uma evolução. No caso do personagem de Casalegno, ele só mostra sinais de amadurecimento no penúltimo episódio da temporada.
Uma questão que poderia ser melhor desenvolvida na série é a questão do Conrad na terapia. Vimos isso no primeiro episódio e ele cita algumas vezes que estava se cuidado, porém, poderia ser um tema mais aprofundado. A decisão de buscar por tratamento foi um grande passo para o amadurecimento dele, mas é abordada de forma rasa.
Belly acaba sendo um caso a parte. Ela é mimada e pode tirar o telespectador do sério às vezes com suas decisões e atitudes mimadas. Um ponto positivo foi ver ela se relacionando com outra pessoa. No entanto, a história é contada através dela, então, também sempre vemos o que a motivou a fazer determinada ação e compreender seu ponto de vista.
Personagens secundários ganhando bastante espaço de tela
Vários personagens secundários ganharam espaço nessa temporada. Inclusive, tivemos algumas boas adições ao elenco, como o caso de Denise (Isabella Briggs) e Agnes (Zoé de Grand’Maison). As duas personagens acrescentaram na trama, diferente de alguns que nem tiveram a chance de se despedir em uma cena, como ó caso de Kayleigh (Emma Ishta) e Lucinda (Kristen Connolly).
Obviamente, também tivemos bons momentos com o casal que virou queridinho dos fãs da série desde a segunda temporada: Taylor e Steven (Sean Kaufman). O início deles nesse novo ano foi diferente do esperado e chegou um momento que parecia que eles não teriam volta, mas a construção da volta deles foi bem construída e eles cresceram como casal a cada episódio.
Em certos momentos parecia que os personagens secundários estavam em mais tempo em tela do que os protagonistas. Certas histórias poderiam ser abordadas de forma mais rápida. No geral, o fluxo das tramas foi positivo. Destaque para Adam (Tom Everett Scott), pai de Conrad e Jeremiah, que serviu como um alívio cômico da temporada.

Mudanças em relação ao livro
Os fãs dos livros podem até reclamar da adaptação, mas a série é bem fiel à escrita da Jenny Han. Vários diálogos foram retirados diretamente do livro, como a cena do acidente com a prancha ou a conversa de Conrad e Jeremiah no dia do casamento do irmão mais novo com Belly. O que, de certa forma, faz sentido, visto que, Han está por trás da produção da série.
Até o oitavo episódio, os fãs da obra literária já imaginavam o que esperar da série. Apesar da autora ter deixado claro que tudo poderia acontecer e o final seria diferente do livro, havia uma expectativa em relação ao desfecho. Os três últimos episódios foram inéditos para o público de modo geral, porque todos os acontecimentos não são relatados no livro.
De certo modo, a história estava em boas mãos, porque a própria criadora estava por trás da produção. O ritmo da temporada estava fluindo bem, sem enrolação e também sem ser muito rápido. Talvez tenha se prolongado mais nos acontecimentos após o cancelamento do casamento, gastando um episódio inteiro para o tema. Destaque para o quinto episódio, quando temos a trama narrada pelo ponto de vista de Conrad. Isso faz sentido, porque ele também narra o terceiro livro.
As músicas e referências ao longo da temporada
Se tem um acerto que acontece desde a primeira temporada é a trilha sonora! Os fãs até criaram uma teoria (que de certo modo se comprovou) que só tocaria músicas da Taylor Swift, que sempre esteve presente na série, quando o coração de Belly voltasse a bater. Então, depois de You’re Losing Me no final do primeiro episódio, quando ela descobre a traição de Jeremiah, só tivemos uma música da loirinha no final do quinto episódio com False God (referência a primeira temporada), em uma cena com Conrad.
As músicas encaixam perfeitamente nas cenas, como o roteiro tivesse se baseado nas canções. Um momento que exemplifica perfeitamente isso é quando toca “we can’t be friends (wait for your love)“, da Ariana Grande, no sétimo episódio. Outros artistas também fazem parte dessa marcante trilha sonora, como Sabrina Carpenter, Olivia Rodrigo, Harry Styles, Chappell Roan, U2, Bon Iver, entre tantos outros.
Essa temporada foi recheada de referências a cenas dos outros anos da série, ou até mesmo de outras produções. Desde o pôster poderíamos encontrar referências ao filme “Sabrina” (1954), que também serve de inspiração para uma cena de Belly em Paris no décimo episódio. Além disso, temos paralelos de cenas que já aconteceram, como quando Belly perrgunta para Conrad no último episódio “você memoriza tudo o que eu falo?”, da mesma forma que ele perguntou no episódio piloto.

O grande final
Os fãs, principalmente dos livros de Jenny Han, estavam ansiosos para o episódio final da série. Com qual dos irmãos Belly ficaria? Ela terminaria a série sozinha? Essas foram algumas perguntas que rondaram as cabeças dos telespectadores desde que a temporada teve início em julho. Porém, o final do último episódio deixou a desejar.
A história central sempre foi o amor de Belly e Conrad, isso sempre ficou claro nas entrelinhas. Portanto, era de se esperar que eles terminassem juntos. Faltando vinte minutos para o episódio acabar, o casal principal ainda não havia se reconciliado. Com poucas cenas juntos ao longo da temporada e uma reunião corrida no episódio final – que durou apenas um dia na cronologia da série -, ficou parecendo que estava faltando algo.
Todos os outros personagens tiveram um final conclusivo, de certa forma. Até mesmo Jeremiah, que ainda parecia meio perdido no penúltimo episódio, acabou se acertando. O final dele com Denise foi uma construção convincente, que poderia ser perceptível desde a primeira interação deles. E Belly e Conrad? Eles ficaram juntos, mas os fãs dos livros estavam esperando os acontecimentos do epílogo.
E por último… Teremos um filme de “O Verão Que Mudou Minha Vida”!
No geral, foi uma boa temporada. Só o final que ficou parecendo uma comédia romântica clichê. Ao longo do episódio, e até mesmo em entrevistas de divulgação, era possível perceber que esse não parecia ser o fim. Jenny Han disse que os últimos três episódios não seriam apenas um epílogo, e de fato eles não foram. Talvez, porque o epílogo de “Sempre Teremos o Verão” esteja presente no filme que foi anunciado no mesmo dia que lançou o último episódio da 3ª temporada.
Portanto, a história de Belly e Conrad ainda não terminou. Algumas pontas do roteiro ficaram soltas, como a carta de Susannah para Belly ler no dia do casamento, como vai ser a relação do casal com Jeremiah a partir de agora, entre outras coisas. A vantagem é que Han está por trás do roteiro e direção da nova produção. Inclusive, ela fez um belo trabalho dirigindo o quinto episódio da temporada.
É perceptível que o elenco se entregou de corpo e alma para os personagens nessa temporada, mesmo que em algumas cenas não estivessem atuando muito bem. Espera-se que todos retornem para a produção do longa para, enfim, darmos adeus a Cousins Beach!
Créditos da imagem de capa: Divulgação/ Erika Doss/ Prime
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