Estreou na MAX o quarto episódio da série “Chespirito: Sem Querer, Querendo”, que conta a história de um dos maiores artistas mexicanos, Roberto Gómez Bolaños.

A série tem como premissa mostrar a história de vida e artística do criador de personagens icônicos, como Chaves, Chapolin, Doutor Chapatin, entre outros. Roteirizada por Roberto e Paulina Gómez, filhos de Roberto, o espectador pode observar na série os momentos mais icônicos, não somente da criação, mas também das inspirações que levaram Bolaños a ser considerado um “pequeno Shakespeare”.

A série agora aborda como se deu a criação do programa mais importante da carreira de Roberto, “El Chavo del 8”, ou como nós brasileiros nos acostumamos a chamar “Chaves”. O episódio se concentra nas influências que ajudaram Roberto a pensar e desenvolver os personagens da série infantil. Aliás, infantil não, uma das coisas que esse episódio deixa muito claro é que Roberto não queria que a série tivesse o estigma de ser um programa infantil. Muito disso por conta da pressão do Canal 8 para que o programa não fosse voltado somente para as crianças. Talvez por isso as histórias abordadas nos tantos episódios de Chaves falem mais sobre a vivência humana do que as situações simplórias das histórias infantis.

CHESPIRITO: SEM QUERER QUERENDO
Foto: Max Original | THR3 Media e Perro Azul

Como foi o quarto episódio?

Neste episódio, diferente do anterior, a relação polêmica entre Roberto e Florinda não é tão trabalhada. Podemos acompanhar como eles se conheceram e como foi um “amor à primeira vista”. É importante lembrar que essa série é baseada no livro escrito pelo ator, Sem Querer Querendo: Memórias, lançado em 2006.

E se tem uma coisa que esse episódio traz é emoção e boas lembranças. Com uma fotografia muito intimista, nós espectadores somos convidados a participar da criação de Chaves junto a Bolaños. Isso porque, apesar de conhecer a série a vida toda, pouco sabíamos a respeito das inspirações para ela. De onde surge a ideia de criar um velho rabugento de coração bom? A mãe fofoqueira mais amorosa de Quico? A filha bagunceira e brincalhona do velho do balão? O homem gordo que cobra o aluguel?

E a resposta é muito mais simples do que imaginamos, tudo isso vem das experiências da infância de Bolaños. Quando criança, foi mandado para Guadalajara viver com sua tia, e justamente nesse momento ele acaba convivendo com figuras assim na vila onde morava. E quando você, espectador, vê essas ideias se materializando e se tornando a série que sempre amou, não tem como não se emocionar.

Por fim, a série ainda guarda muitas surpresas e informações importantes do processo de criação e também das polêmicas sobre a vida e carreira desse gênio da dramaturgia mexicana.