No dia 23 de janeiro, o Nintendo Switch ganhou mais um título de peso: Guilty Gear Strive. Desenvolvido pela Arc System Works, o jogo chega à plataforma com todo o conteúdo extra até a terceira temporada, incluindo um gostinho da quarta com a chegada de Queen Dizzy.

Mas será que o porte conseguiu manter a magia do original? Nesta review, vamos explorar os detalhes dessa versão, desde a jogabilidade até as adaptações visuais, para descobrir se vale a pena jogar esse porte. Vamos lá!

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Trailer de Revelação do Guilty Gear -Strive- no Nintendo Switch | Reprodução: YouTube

Gameplay e performance

Guilty Gear Strive chega ao Nintendo Switch com sua jogabilidade rápida e técnica totalmente preservada. Com 28 personagens disponíveis (incluindo os DLCs até a terceira temporada), cada um com seu estilo de luta único, o jogo oferece uma variedade impressionante para os jogadores explorarem.

A performance é estável, mantendo os 60 FPS mesmo no modo portátil, o que é essencial para um jogo de luta. A tecnologia de netcode Rollback também está presente, garantindo partidas online suaves, algo não tão comum em portes de jogos de luta para o Switch.

  • Guity Gear Strive
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A jogabilidade é acessível para iniciantes, mas ainda profunda o suficiente para os veteranos da série. O sistema de combos é intuitivo, e os gatilhos roman cancel adicionam uma camada estratégica que mantém as partidas dinâmicas e imprevisíveis. A fluidez das animações e a resposta precisa dos controles fazem com que cada vitória seja gratificante.

Além disso, o jogo oferece opções de personalização de controles, permitindo que cada jogador ajuste os botões conforme sua preferência, seja no Pro Controller, Joy-Cons destacados ou até mesmo um único Joy-Con.

Adaptações visuais

Para rodar no hardware mais modesto do Switch, algumas concessões visuais foram feitas. Texturas de cenários foram reduzidas, e efeitos especiais foram retrabalhados para manter a fluidez. No entanto, a direção artística continua impecável, com os visuais cel-shading característicos da série brilhando especialmente na tela OLED do Switch.

Apesar das limitações, o jogo ainda é visualmente deslumbrante, provando que a arte pode superar as barreiras técnicas. Detalhes como as expressões faciais dos personagens e os efeitos de iluminação foram cuidadosamente ajustados para preservar a identidade visual do jogo.

Guilty Gear -Strive- Nintendo Switch Edition | Fonte: Arc System Works

Embora os cenários possam parecer menos detalhados em comparação com outras plataformas, a atenção aos detalhes nos personagens e nas animações compensa essas limitações. A equipe de desenvolvimento claramente priorizou o que importa: manter a essência visual que faz Guilty Gear ser tão único.

Modos de jogo e a falta de crossplay

Além do modo online e offline tradicional, Guilty Gear Strive oferece uma variedade de modos extras. O modo Arcade permite que os jogadores explorem histórias únicas para cada personagem, com múltiplos finais que incentivam a rejogabilidade.

O modo Digital Figure é um toque criativo, permitindo que os fãs montem dioramas personalizados com seus personagens favoritos. E, é claro, o modo campanha cinematográfico continua sendo um destaque, contando a história épica de Sol Badguy e seu universo repleto de reviravoltas.

Agora um ponto é se falar é que uma das principais críticas à versão Switch é a ausência de crossplay, o que limita o pool de jogadores online. Além disso, o modo 3 contra 3, não será incluído nesta versão. Essas faltas podem ser um ponto negativo para jogadores mais competitivos que buscam uma experiência online mais robusta.

Guilty Gear -Strive- Nintendo Switch Edition | Fonte: Arc System Works

A falta de crossplay é particularmente sentida em regiões com menos jogadores, onde encontrar partidas online pode ser um desafio. Em regiões como o Brasil, isso pode resultar em tempos de espera mais longos para encontrar partidas ou até mesmo em dificuldades para encontrar adversários com conexões estáveis.

Apesar disso, consegui jogar algumas partidas online sem problemas, principalmente contra jogadores da América do Norte e ate mesmo da Ásia, graças ao excelente netcode Rollback, que minimiza os efeitos do lag mesmo em conexões internacionais. O modo 3v3, que adiciona uma camada estratégica às partidas, também faz falta para quem gosta de experimentar formações de equipe e táticas mais elaboradas ou para quem apenas quer se divertir com os amigos.

Vale ou não a pena jogar?

Guilty Gear Strive no Nintendo Switch é um porte que, apesar de algumas limitações técnicas, consegue capturar a essência do jogo original. Com uma jogabilidade sólida, modos extras diversificados e uma direção artística que continua deslumbrante, ele é uma ótima opção para fãs de jogos de luta que querem levar a experiência para qualquer lugar.

Portanto, confesso que me diverti muito jogando, especialmente pela variedade de personagens carismáticos e únicos, cada um com seu estilo e personalidade marcante. A chegada de Queen Dizzy como personagem gratuito em fevereiro e o anúncio de localização em português do Brasil são boas notícias para os fãs brasileiros, mostrando que a Arc System Works está comprometida em apoiar o jogo.

Personagens disponíveis para jogar| Fonte: Arc System Works

No entanto, a falta de crossplay e o modo 3v3 podem ser pontos de frustração para alguns jogadores, mas, no meu caso, nada disso atrapalhou a experiência. Pelo contrário, consegui aproveitar cada momento, seja nas partidas online ou nos modos single-player, como o Arcade e o incrível modo campanha.

Por fim, se você está disposto a abraçar essas concessões e valoriza a portabilidade do Switch, o jogo é uma adição valiosa ao seu catálogo. Para quem busca uma experiência de luta intensa, cheia de estilo e, claro, muita diversão, Guilty Gear Strive é um título que definitivamente vale a pena jogar. E para saber mais, é só acessar o site oficial.