Tanto na ficção quanto no mundo real, os livros de viagem têm o poder de nos transportar para novos lugares e, além disso, convidam a uma jornada interior. Inspirado por essa conexão entre a aventura e o autoconhecimento, o GeekPop News selecionou cinco obras essenciais que combinam destinos fantásticos com histórias inesquecíveis de transformação pessoal. Prepare-se para embarcar nessas rotas literárias!
“On the Road: Pé na Estrada de Jack Kerouac (1957)

A obra é considerada um marco da Geração Beat. A Geração Beat foi um movimento literário e cultural que surgiu nos Estados Unidos na década de 1950. Os artistas buscavam reagir à sociedade conformista e conservadora que se consolidou no pós-Segunda Guerra Mundial.
Desse modo, o romance que se passa na década de 1940 é um retrato vibrante da contracultura americana. Narra as viagens de Sal Paradise e Dean Moriarty pelos Estados Unidos em busca de liberdade e experiências.
O personagem Sal Paradise, que é o narrador da história, é baseado no próprio autor. Sal é um escritor que anseia por uma experiência de vida mais profunda do que ela já conhece. O poeta encontra, portanto, na estrada, a sua fonte de inspiração. Já o personagem Dean personifica a liberdade e o caos. Impulsivo e imprudente, ele vive o momento e leva Sal para as suas aventuras. Sal admira a energia inesgotável de Dean e como isso o leva a explorar o mundo e a si.
Dessa forma, “On The Road” se tornou não apenas um clássico sobre viagens, mas também um marco na busca por significado e na tentativa de escapar das normas sociais. O romance, além de se tornar um marco da Geração Beat, influenciou os movimentos contraculturais e os hippies nas décadas de 1960 e 1970.
Cem Anos de Solidão (1967) de Gabriel García Márquez
Clássico aclamado de Gabriel García Márquez, narra a saga da família Buendía através de várias gerações. José Arcadio e Úrsula Buendía deixam seu local de origem e partem em direção a uma vida melhor, até fundarem a cidade fictícia de Macondo. Desse modo, entre os nascimentos dos filhos, mortes de pessoas queridas, rivalidades e guerra, a família Buendia enfrenta a solidão como uma herança que assombra cada membro da família. O livro é um retrato da América Latina, repleto de referências realistas e culturais.
Na Natureza Selvagem (1996) de Jon Krakauer

Baseado em uma história real, conta a jornada de Christopher McCandless. Ele é um jovem idealista que, após se formar na faculdade, doa todas as suas economias e abandona sua vida para viver na natureza selvagem do Alasca.
Assim, após assumir o nome de Alexander Supertramp, ele busca uma vida de liberdade e autossuficiência, desapegado das convenções sociais e do materialismo. Desse modo, Jon Krakauer entrevista pessoas que conheceram McCandless e explora as motivações por trás de sua decisão de viver no Alasca.
Portanto, a obra é uma reflexão sobre a busca por sentido, o conflito entre o homem e a natureza, na mesma medida em que a descreve com riqueza de detalhes. Também aborda quais são as complexidades de uma vida à margem da sociedade.
Comer, Rezar, Amar, (2006) de Elizabeth Gilbert

Após passar por um divórcio doloroso e um período de depressão, a autora Elizabeth Gilbert embarcou em uma longa viagem por três países: Itália, Índia e Indonésia. Dessa forma, a viagem se revela uma jornada de autodescobertas, onde redescobre não apenas a alegria, mas também, a paz interior, através da gastronomia, cultura, meditação e o amor. A obra inspirou o filme de 2010 estrelado por Julia Roberts, sendo um relato honesto sobre o processo de cura e reconexão consigo mesma.
No Ar Rarefeito (1997) de Jon Krakauer

Mais uma obra de Jon Krakauer, o autor descreve uma expedição trágica ao Monte Everest em 1996. Desse modo, o autor, que era membro de uma das equipes, narra os desafios, os acidentes e as mortes que aconteceram durante a temporada de escalada.
O relato é realista e um testemunho emocionante e detalhado dos perigos da montanha. Além disso, fala sobre as decisões erradas que levaram a uma das piores tragédias da história do montanhismo, assim como reflete sobre a ambição humana. Jon Krakauer aborda temas como comercialização das expedições e as complexidades éticas envolvidas em uma situação de vida ou morte.
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Crédito: Unsplash | Foto: Yoal Desurmont