A história do “Rei da TV brasileira” já foi adaptada em séries e filmes

Silvio Santos é uma figura emblemática da cultura popular e revolucionou o modo de fazer televisão no Brasil. O empresário fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), uma das maiores redes do país, e marcou gerações com seus clássicos programas de auditório.

O apresentador faleceu em 2024, porém, seu legado segue vivo, tanto na continuidade do SBT quanto nas obras audiovisuais baseadas em sua vida. Com recortes de diferentes períodos da trajetória do empresário, as produções apresentam versões diversas da figura icônica da TV brasileira. O caso mais recente é Silvio Santos Vem Aí, que estreia neste mês nos cinemas.

A seguir, conheça as obras que contam a história de Silvio Santos sob diferentes perspectivas.

Da origem ao estrelato e às crises

Cena de "O Rei da TV.
Cena de “O Rei da TV”. Crédito: Reprodução/IMDb

A primeira adaptação a narrar a vida de Silvio Santos na televisão foi O Rei da TV, produção da Star+. A trama parte de um dos momentos mais desafiadores da carreira do apresentador: a perda de voz durante um programa ao vivo, em 1988. A partir desse episódio, a série retrata a jornada de tratamento do empresário e sua vida íntima fora das câmeras.

Além disso, o enredo utiliza flashbacks para contar suas origens e trajetória até a fama nacional. Assim, três atores assumem as diferentes fases do protagonista: Luiz Guilherme interpreta Silvio na juventude; Mariano Mattos, no início da carreira televisiva; e José Rubens Chachá, na maturidade, aos 60 anos.

Lançada em 2022, a obra é uma biografia não autorizada e recebeu críticas da família Abravanel. Inclusive, o próprio Silvio Santos chegou a comentar sobre a série. “Não é boa nem ruim. É meio piada. Podiam fazer melhor. A série foi muito mal feita, podia ser bem feita”, declarou o artista.

Aliás, a principal rejeição dos familiares está na forma como o apresentador foi retratado. “O Rei da TV” mostra um Silvio Santos arrogante, trapaceiro e, em alguns momentos, preconceituoso. Segundo suas filhas, essa versão nunca existiu, seja em sua figura pública ou na vida privada.

O sequestro do “Rei da TV brasileira”

Cena de "Silvio".
Cena do longa “Silvio”. Crédito: Reprodução/IMDb

Em 2024, cerca de um mês após o falecimento do empresário, Silvio chegou aos cinemas. A obra é uma biografia semi-autorizada, pois Rodrigo Faro, que interpreta o protagonista na trama, pediu permissão ao próprio apresentador para assumir o papel. Porém, a produção do longa afirmou que jamais recebeu qualquer autorização ou colaboração do clã.

O filme narra o sequestro que a família Abravanel sofreu em 2001. O roteiro ficcionaliza o que se passou na mente do apresentador durante o cativeiro: reflexões sobre a vida, arrependimentos e diálogos com o sequestrador, Fernando Dutra Pinto (Johnnas Oliva).

Assim como “O Rei da TV”, o longa também intercala passado e presente. Nos flashbacks, Vinícius Ricci e Fellipe Castro interpretam as versões mais jovens do comunicador.

Silvio Santos e as eleições de 1989

Silvio Santos Vem Aí é a nova cinebiografia do fundador do SBT. A produção estreia em 20 de novembro e tem como foco um período específico da vida do apresentador: sua candidatura à Presidência da República em 1989. Assim como as produções anteriores, a obra não teve o envolvimento da família Abravanel.

A trama acompanha a relação de Silvio (Leandro Hassum) com a publicitária Marília (Manu Gavassi), responsável por estudar sua rotina para montar a campanha política. A personagem, vale destacar, é totalmente fictícia, criada para dinamizar o roteiro.

Entre os bastidores do Programa do Silvio Santos e as articulações eleitorais, a narrativa mergulha no magnetismo profissional do apresentador e aborda também aspectos de sua vida pessoal.

Assim, essas produções, cada uma à sua maneira, revelam diferentes nuances da vida de Silvio Santos — do jovem sonhador à figura mítica do audiovisual brasileiro. Juntas, mantêm o legado do “Rei da TV” vivo nas telas e apresentam sua história a novas gerações que não presenciaram seu auge.

Imagem de capa: Reprodução/IMDb