Em fevereiro de 1967, a banda norte-americana Jefferson Airplane lançava seu segundo álbum de estúdio, Surrealistic Pillow. O disco chegava às bancas e dava a tônica do que seria a geração Woodstock. Com ele, vinha também a clássica canção ‘White Rabbit’, trilha sonora muito conhecida pelos fãs de cinema.
Sobre o álbum e a banda
O disco “Surrealistic Pillow” foi o primeiro da banda com sua nova vocalista e tecladista, Grace Slick. O grupo também contava com Marty Balin (guitarra e voz), Paul Kantner (guitarra e voz), Kaukonen (guitarra e voz), Spencer Dryden (bateria e percussão) e Jack Casady (baixo).
O álbum, com suas 11 faixas, alçou o grupo formado em São Francisco para um status de notoriedade mundial, rompendo a bolha da comunidade hippie. Com seu estilo combinando rock clássico, folk e muito psicodélico, ‘Surrealistic Pilow’ é uma das bases fundamentais para se entender o que a juventude, que também tinha elementos como Janis Joplin e Jimmy Hendrix, queria dizer.
O álbum tem início com a música “She Has Funny Car”. A faixa já apresenta a nova integrante do sexteto. Dividindo os vocais com Marty Balin, Grace Slick já dava mostras que não teria papel de coadjuvante na banda, algo que se confirma na faixa seguinte. “Somebody to Love” é, talvez, o grande clássico do grupo, conhecido mundialmente. A música traz o rock clássico misturado com a invejável consciência pop vinda do vocal solo de Grace Slik. Seguindo com o álbum, a terceira faixa “My Best Friend” simboliza a diversidade de vocais da banda, onde vários integrantes colaboram com a voz. Ao ouvido dos desavisados, “My Best Friend”pode parecer até mesmo uma canção dos Beatles.
O álbum ainda conta com grandes canções como “Today”, “Comin’ Back To Me”, “3/5 of a Mile in 10 seconds” e mais. Porém, é na décima faixa que o disco apresentou aquilo que seria um clássico, não só para os amantes de música como também para os fãs de cinema.
White Rabbit
A música “White Rabbit” é um capitulo a parte no disco. A faixa é uma clara referencia ao livro Alice no País das Maravilhas. O coelho branco, que encorajava os desejos humanos, as pílulas que te fazem crescer, outras que te diminuem… Tudo isso é resultado da composição de Grace Slik. A alusão ao uso de drogas é também uma marca de “White Rabbit”, apesar de nunca ter sido oficialmente confirmado por Grace.
Uma das primeiras aparições da música aconteceu no filme “Medo e Delírio em Las Vegas”, na clássica cena da banheira. Outra obra que usou da canção foi “Matrix Ressurections“. A trilha sonora caiu como uma luva no quarto filme da franquia, que tanto faz uso do dilema das pílulas vermelha e azul. Por fim, “White Rabbit” está no roll das preteridas por Holywood, tendo aparições na série “O Conto da Aia” e nos filmes “Kong: Ilha da Caveira”, “Sucker Punch” e muitos outros.
*Redator em experiência sob supervisão de Lara Aguiar