Frequentemente nos deparamos com algum jogo de terror/suspense que acontecem no espaço como Dead Space, Alien, The Callisto Protocol entre outros. Agora junta esse clima de local distante, frio, escuro e silencioso com uma experiência cinematográfica e chegamos em “Fort Solis”.

Fort Solis é um thriller de terceira pessoa trazendo uma experiência cinematográfica para um jogador ambientado em Marte.

Primeiramente, ressalto que tivemos acesso à versão de “Fort Solis” para Playstation 5, para fazer esse teste.

O desenvolvimento do jogo é da Fallen Leaf, Black Drakkar Games. A distribuição é da Dear Villagers.

A história de “Fort Solis”

O planeta Terra está morrendo, e buscando uma forma de salvar as pessoas, uma empresa inicia todo um projeto de exploração em Marte, de modo a adaptar o planeta vermelho para que os humanos possam ir no futuro para lá.

O jogo acontece em 2080 e o engenheiro Jack Leary responde a a um estranho chamado de emergência de uma base remota de mineração. Ao chegar ao sombrio e adormecido Fort Solis, Jack fica nervoso com a falta de funcionários na base. Com avisos iminentes de tempestade, ele entra no lugar desesperado para estabelecer contato. Com o passar da noite, os eventos se intensificam e saem de controle, e o mistério do que aconteceu com a tripulação começa a se revelar. A tempestade se aproxima, impedindo a fuga de Jack e forçando-o a esperar até a chegada da manhã.

Com seu ritmo lento e atenção aos detalhes, o jogo já nos deixa nervoso. Não por causa de algo previamente existente, mas pela possibilidade de aparecer alguma coisa. Essa tensão é desenvolvida de forma espetacular no inicio do jogo, com as falas de Jack e Jéssica sobre o clima de mistério do local. Enquanto Jack explora o local, eles ficam conversando sobre programas de TV e filmes de zumbis, fazendo com que o jogador espere de fato que vá aparecer algo do tipo. Desse modo, a tensão e a curiosidade do jogador é amplificada.

Fort Solis
Imagem: Reprodução

Design

Certamente, um dos pontos principais de “Fort Solis” é a experiência gráfica. Desenvolvido com a Unreal Engine 5.2, o jogo possui um nível magnifico em detalhamento, desde expressões faciais dos personagens, objetos, máquinas, e até mesmo os efeitos das tempestades de areia e iluminação.

Percebe-se que todo esse cuidado na parte gráfica do jogo é para trazer de fato uma imersão nos cenários frios, abandonados e misteriosos, onde a cada porta aberta ou mudança de cenário, existe a expectativa de surgir algum inimigo.

Fort Solis
Imagem: Divulgação

Jogabilidade

“Fort Solis” possui uma jogabilidade simples, sem muitos comandos especiais. Em suma, é um jogo lento, o que contribui para o suspense do jogo. Entretanto, com o passar das horas de jogo, essa lentidão acaba cansando um pouco. Os personagens são pesados e o que atrapalhou em muito minha experiência foram os comandos de ação em determinadas cenas. Além de aparecerem na tela com uma cor que não evidencia muito a necessidade de apertar determinado botão, o tempo para fazer a sequência é bem pequeno.

Jack Leary e Jessica Appleton com o desenrolar do jogo, vão descobrir que não estão totalmente sozinhos e seguem investigando os mistérios por trás das mortes de tripulantes através da exploração dos ambientes, acessando computadores, cartões de memórias, registros de câmeras e vídeos gravados. A exploração total dos ambientes não é necessária para a conclusão do jogo, entretanto contribuiu em muito para o suspense da narrativa.

Roteiro

Pela experiência cinematográfica que “Fort Solis” busca trazer, seu roteiro de certo modo é simples. Aconteceu um chamado de emergência, e Jack vai até o local para ver o ocorrido. Com o passar da exploração, descobrimos o fato que gerou os problemas e depois temos uma conclusão. Em momento algum é prometido que irá aparecer monstros, zumbis, atividades sobrenaturais. A história vai se desenvolvendo e se completando com a exploração do jogador.

Entretanto, o que é simples pode ser um pouco frustrante, devido a toda tensão e curiosidade que ele pode causar ao jogador e também ao expectador que pode estar apenas assistindo a essa experiência, como se fosse de fato um filme.

Fort Solis
Imagem: Divulgação

Conclusão

“Fort Solis” deve ser visto como um filme interativo, com ótimos gráficos, nada complexo e uma mensagem interessante na sua conclusão. Talvez o jogo seja um pouco frustrante para alguns, por construir todo um clima de terror e entregar apenas um suspense. Desse modo o jogo se torna sólido e mais real, dentro do possível.

Você não consegue fazer grandes coisas como em outros jogos de ação e suspense em outros planetas. O game te guia para onde você deverá ir. Particularmente, em poucos momentos fiquei perdido, e não morri nenhuma vez.

Por possuir 4 capítulos, podemos jogar como um filme ou série, considerando ainda mais que sua conclusão pode variar de 2 a 6 horas de duração. Depende apenas do nível de exploração que o jogador irá seguir.

Alguns troféus/conquistas do jogo provavelmente serão conseguidas caso você jogue novamente o jogo e explore todos os locais, aumentando um pouco a vida útil da produção.

“Fort Solis” para Playstation 5 foi lançado no Brasil por R$149,50, um preço um pouco caro, devido à vida útil do jogo, entretanto, considerando como uma experiência diferenciada de jogo, talvez seja um valor ainda razoável. Na Steam ele está praticamente a metade do valor, saindo por R$ 73,99.

Veja o trailer de Fort Solis:

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