A Casa do Dragão tem episódio piloto mais lento e explicativo para a história
A Casa do Dragão estreou ontem (21), e já chegou trazendo de volta as polêmicas comuns do universo de Game of Thrones. E apesar de muitos fãs já estarem “acostumados”, o episódio nos trouxe alguns novos motivos para nos surpreender com o quanto este universo pode ser cruel e sangrento.
O começo
Mas apesar de toda a polêmica envolvida na história, o episódio soube ser mais explicativo para a existência da história de Westeros e alguns de seus principais personagens. Com um roteiro bem mais lento, porém muito certeiro.
Este episódio focou em nos apresentar precisamente seus personagens, suas personalidades e principalmente suas posições diante do jogo político que coordena toda a história. Fazendo com que assim não haja dúvidas de quem é quem na história e principalmente, qual a posição de cada personagem diante a toda a “dança” que vai acontecer devido ao tão desejado Trono de Ferro.
Claro que mesmo o foco principal da história serem os Targeryen, neste primeiro episódio podemos conhecer vários personagens importantes de outras casas já bem conhecidas. E, além disso, perceber quais serão as casas que vão apoiar ou não a decisão de Viserys em mudar toda a hierarquia e transformar sua filha Rhaenyra na primeira mulher sucessora ao trono.
A série ainda nos apresenta uma fotografia impecável, nos trazendo uma Westeros bem mais bonita e até mais limpa do que a que vemos em Game of Thrones. Os dragões não ficam para trás, a qualidade nos detalhes e personalidades de cada um deles é linda de assistir. Caraxes e Syrax estavam surpreendentes e não vejo a hora de ver mais deles. E claro, o figurino lindíssimo também é algo que a produção pode se orgulhar muito.
Momentos importantes do primeiro episódio de A Casa do Dragão.
No momento mais chocante do episódio, vemos como as mulheres são tratadas e subjugadas apenas como um corpo, que deve gerar e parir um filho homem para seu marido. Para que o mesmo garanta sua sucessão ao trono.
A cena do parto de Aemma, é simplesmente a demonstração da violência absurda que mulheres sofreram e sofrem até hoje com a imposição da sociedade. Não importando em qual época estamos. Como o próprio George R. R. Martin falou em uma entrevista, que teríamos uma cena tão chocante como foi a do Casamento Vermelho, com certeza podemos dizer que essa cena é a do parto de Aemma.
Me doeu demais assistir essa cena, e pior é saber que ela já foi tão real para muitas mulheres.
A série ainda nos deu um grande presente, tivemos duas lindas referências diretas a Daenerys Targeryen. E o episódio ainda nos deu uma grande e importante explicação para a Conquista de Westeros e o desenvolvimento da história da série “mãe”, Game of Thrones.
Tudo, na verdade, foi devido ao sonho que Aegon, o Conquistador teve onde ele previa o fim do mundo. Durante seu sonho, ele viu o mundo dos homens acabar devido a um “terrível e longo inverno” que começaria no Norte e iria se espalhar por todo o reino de Westeros, fazendo assim, que todos os lordes tivessem que se unir e lutar. Mas que para essa união fosse possível, o Rei ou Rainha que estivesse no Trono de Ferro deveria ser um Targeryen.
E em GOT, na verdade, tivemos dois Targeryen a frente da luta contra o Rei da Noite. Mas principalmente Jon Snow, arquitetando toda a defesa do reino. No final, Gelo e Fogo precisavam sim estar juntos, como Melissandre previu.
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O que deixa um pouco a desejar nessa revelação de Viserys é o fato dos Targeryen manterem esse segredo até dos Septões, responsáveis por manter toda a história dos Sete Reinos preservada. E assim, quando os Targeryen foram praticamente dizimados, a existência dos Caminhantes Brancos se perdeu com eles. Fazendo assim, que a história em GOT fosse mais desnecessária do que é. Mas enfim, estamos falando dos Targeryens.
Contudo, o episódio se torna eficiente e bem apresentado ao público. Com suas peças sendo posicionadas e demonstradas de forma clara para tudo que está por vir.
E você, está do lado dos Negros ou dos Verdes nessa luta?
