Hoje, 9 de novembro, completam 55 anos de uma iniciativa que celebra a literatura feminina. Rosarita Fleury e Nelly Alves de Almeida fundaram a Academia Feminina de Letras de Goiás (Aflag Goiás), no dia 9 de novembro de 1969. O objetivo era divulgar não apenas a literatura, mas também todas as formas artísticas no estado de Goiás.
A Aflag surgiu em uma época em que as mulheres eram excluídas e marginalizadas. Além disso, a Academia Goiana de Letras (AGL) não permitia a entrada de mulheres. É importante lembrar que boa parte da produção literária goiana, no século XX era de autoria feminina. Portanto, as fundadoras tomaram a decisão de criar uma instituição formada apenas por mulheres.
Dessa forma, as “mulheres de azul” (devido à vestimenta das acadêmicas) passaram a trabalhar para dar visibilidade às obras e artes produzidas pelas mulheres goianas. Cora Coralina, que é uma autora goiana conhecida em todo o Brasil, tomou posse na Aflag em 1970.
São 45 cadeiras, ocupadas por mulheres ilustres das artes goianas. Mesmo após a Academia Goiana de Letras permitir a entrada de mulheres, a Aflag continua como um espaço de arte e cultura voltado para promover a literatura, música e as artes plásticas.
Atualmente, a instituição realiza homenagens, palestras e lançamentos exclusivos de livros. O maior legado da Aflag é ter sido o primeiro espaço onde grandes escritoras goianas mostraram seus talentos. São 55 anos de história. Essa iniciativa merece ser homenageada.
Para conhecer mais sobre a Academia Feminina de Letras de Goiás, acesse o site da instituição.
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