No último dia 27, a adaptação do livro “Hamnet” de Maggie O’Farrell ganhou novidades, confirmando Paul Mescal como William Shakespeare no filme. A obra explora a luta de Agnes, esposa de Shakespeare, ao lidar com a morte de seu filho, Hamnet. A narrativa revela como esse evento influenciou a criação da icônica obra “Hamlet”.

Dirigida por Chloé Zhao, vencedora do prêmio de melhor direção por “Nomadland” (2020), a adaptação conta com a colaboração entre Zhao e a escritora Maggie O’Farrell.

Paul Mescal, conhecido por seus trabalhos em “Aftersun” e “Normal People”, interpretará William Shakespeare. Kessie Buckley está cotada para o papel de Agnes, esposa de William. Ambos os atores já compartilharam elenco em “A Filha Perdida”, lançado em 2021. Ainda não há uma data de estreia confirmada para o filme.

Sobre a obra:

Hamnet ganhará adaptação
Foto: Divulgação Editora Intrínseca

Eleito um dos melhores livros de 2020, romance conta como a morte do filho teria inspirado Shakespeare a escrever Hamlet

Poucas informações sobre a biografia de William Shakespeare resistiram ao tempo. Filho de um luveiro caído em desgraça de Stratford-upon-Avon, uma pequena cidade da Inglaterra, casou-se com uma mulher mais velha, detentora de um generoso dote. Tiveram uma filha e um casal de gêmeos, em um matrimônio marcado pela distância imposta por seu ofício. Além disso, a morte precoce do filho abalou a família, acontecendo em uma época em que a nação era assolada por surtos de peste bubônica..

É a partir dessas referências que Maggie O’Farrell cria magistralmente a trama protagonizada por Agnes. Uma mulher excêntrica e selvagem que costumava caminhar pela propriedade da família com seu falcão pousado na luva. Ela tinha dons extraordinários como prever o futuro, ler pessoas e curá-las com poções e plantas. Após o casamento, Agnes se torna uma mãe superprotetora. A força centrífuga na vida do marido, que seguira para Londres com o objetivo de se estabelecer como dramaturgo.

Um retrato brilhante de um casamento, uma evocação devastadora de uma família destroçada pelo luto e pela perda. Uma reconstituição delicada e memorável de um menino cuja vida foi esquecida, mas cujo nome dá título a uma das peças mais celebradas de todos os tempos.

Foto: Reprodução

Nascida na Irlanda do Norte em 1972, Maggie O’Farrell cresceu no País de Gales e na Escócia e hoje mora em Edimburgo. Ao longo de sua carreira, ela recebeu diversos prêmios por seus romances, incluindo o Prêmio Costa Book e o Prêmio Somerset Maugham. Alguns de seus livros notáveis incluem “A Distância Entre Nós” (2004), “A mão que primeiro segurou a minha” (2010) e “Hamnet” (2020).