Gokushufudou está entre nós! A segunda temporada estreou no dia 01 de janeiro, na Netflix, trazendo todos os elementos que já havíamos gostado e ampliando o universo da animação.
Tatsu está de volta, para nos agraciar com sua presença e seu cotidiano bizarro. Para compensar seu passado na Yakuza, decidiu mudar de vida e ser tornar o dono de casa supremo. Ao decorrer da história vemos ele se aventurando pelo sua vizinhança e aprendendo como melhorar na função que decidiu seguir.
Nessa nova temporada de Gokushufudou, acompanhamos Tatsu e seus companheiros em diversas situações cômicas e divertidas. Que vão de recolher dinheiro para associação de moradores até passar um longo período escolhendo que filme assistir. Novos personagens fazem sua estreia nesta temporada, deixando o universo já apresentado mais rico.
Contudo, devido a falta de um acontecimento marcante ou uma quebra de continuidade não existe uma certa cronologia a ser respeitada. Ou seja, o que ocorre nos episódios podem estar acontecendo fora de ordem ou em uma ordem aleatória. Mas se seguirem fazendo episódios divertidos e engraçado, a ordem deles pouco importam.
A queda da Yakuza
Antes de começarmos a análise, vamos ao ponto principal a animação. O J.C. Staff segue na produção do anime, mesmo com algumas mudanças, em relação a primeira temporada, Gokushufudou segue a mesma linha de animação que tanto foi criticado anteriormente. Particularmente, não vejo problema na animação ser similar a motion comics, ela funciona muito bem e entrega o que foi proposto. Apesar disso, compreendo quem se desagradou com a animação e não quis dar uma chance, deixando de lado esta obra. Além disso, a história de Gokushufudou conta com um live action caso desejem ver a história de Tatsu
Gokushufudou aborda de maneira leve e certeira algo que vem ocorrendo na nossa realidade, a queda da Yakuza no Japão. Nestes últimos 15 anos, os número de mafiosos vem caindo exponencialmente, mostrando o declínio da outrora famosa máfia japonesa. E ao decorrer da série vemos como esse caso vem afetando diversos clãs. Bem como, a participação de diversos Yakuzas ou ex-Yakuzas durante os episódios, que tiveram que procurar outras maneiras de se sustentar.
Afinal, por bem ou por mal, eles agora devem buscar uma maneira honesta de viver, se inserir na comunidade que estão vivendo e buscando uma reinserção na sociedade. E aqui Tatsu brilha por entender essas pessoas, consegue dar este voto de confiança neles e até ajudá-los em alcançar seus objetivos.
Ver como as senhoras da região interagem com Tatsu, sem nenhum medo dele, serve como um excelente exemplo de como dar uma segunda chance a pessoas que buscam redenção. Algo que deveria ser seguido na nossa realidade.
Sobre Gokushufudou
Tatsu era um membro da Yakuza, a famosa máfia japonesa. Nela ele fez alguns trabalhos e acaba por ganhar a fama de “Imortal“, pelos seus rivais, por nunca conseguirem o matar. Mas um dia Tatsu conhece Miku, a mulher que viria a ser sua esposa e o motivo para abandonar esta vida criminosa. Decidido a apoiar a carreira de sua amada, Tatsu vira um dono de casa, mas não um dono de casa qualquer e sim, o supremo dono de casa.
A proposta inicial é simples, mas permite diversas possibilidades a serem trabalhadas. Tatsu é um personagem interessante e muito carismático, capaz de ter nossa atenção logo de cara. E parte dessa atenção e carisma, vem por conta das suas tentativas de se tornar o melhor dono de casa e por conta das suas falhas em realizar algumas tarefas domésticas.
A graça da obra esta na adaptações dos costumes Yakuza, que Tatsu utiliza, na realização das tarefas domésticas. Bem como, a maneira totalmente destoante da realidade e todos os problemas que isso causam, são muito engraçados. Assim como, os paralelos criados, na obra, entre as vidas de Tatsu. E as situações que envolvem sua aparência, suas falas e como ele reage a simples conversas, são coisas que trazem certa profundidade a ele.
A maioria dos primeiros episódios se passam mais dentro da casa de Tatsu e Miku, ao continuar da série os locais vão se expandindo e explorando novas localizações, dentro e fora do bairro onde eles vivem. Agora Tatsu vai a praia, parques temáticos, casas de amigos e até dar aulas.
Um dos pontos que melhoraram na série foram os coadjuvantes, agora eles parecem ser mais ativos e participativos na história, ao invés da muletas que eram nos primeiros episódios. Encontraram uma maneira mais confortável de variar a fórmula e contar as histórias. Sendo assim, um ponto importante para que o público não se canse ou abandone a série. E assim, vemos um planejamento para expandir ainda mais este universo tão rico e tão engraçado.
Vale a pena?
Aqui vem o veredito, será que: ‘Gokushufudou: Tatsu Imortal vale a pena?‘. Uma resposta pessoal seria: ‘Sim, vale muito assistir.‘, contudo não podemos deixar de comentar sobre os pontos que podem causar estranheza. A animação pode ser um fator que afaste grande parte das pessoas, o teor cômico poderia ser um fator também, já que varia muito entre um humor pé no chão e um humor extremamente exagerado. Mas se conseguir superar este pontos, poderá encontrar uma série muito divertida.
Gokushufudou é a adaptação do mangá de mesmo nome, escrito e desenhado por Kousuke Oono e publicado na revista digital Kurage Bunch e está em publicação desde 2018. Atualmente foram publicados 10 volumes, com 11º pronto para sair no mês de janeiro/2023. Além de contar com uma série live action lançada em 2020 e um filme que saiu no ano de 2022.
O anime conta com uma dublagem brasileira muito boa. Feita pelo estúdio Vox Mundi, com a direção de Francisco Bretas, tradução de Marcia Otoubo, adaptação de Rodson Baldan. Os dubladores Dláigelles Silva e Marli Bortoletto, interpretam Tatsu e Miku, respectivamente. O mangá de Gokushufudou segue inédito no Brasil.
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