Ontem chegou na Netflix o anime Pokémon Concierge, o anime Pokémon em stop motion, e aqui está a nossa análise dessa obra de arte.
Pokémon Concierge estreou na Netflix e está a coisa mais linda de todas, todos os 04 episódios passam de uma maneira rápida e bastante relaxante. E com certeza animou bastante em mais deste tipo de mídia na franquia Pokémon. Anunciado em fevereiro deste ano (2023) e lançado ontem com seus 04 e únicos episódios.
O anime chegou sendo como o último fôlego da franquia em 2023 e que maneira de se encerrar o ano. Sendo um stop motion, não devemos esperar uma animação fluída e dinâmica que estamos acostumados. Ainda que produzir uma animação deste calibre requer uma enorme produção. Como telespectadores acompanhamos com um olhar de nostalgia e infantil, como fazíamos assistindo alguma animações assim na TV Cultura. E o timing de lançar durante as festas de fim de ano, auxilia para quem quer assistir Pokémon Concierge com a família.
A história
Em Pokémon Concierge conhecemos a nossa protagonista Haru, que no Japão é dublada por Rena Nōnen, mas o grande público a conhece por seu nome artístico, Non. Na versão americana quem dubla a personagem é Karen Fukuhara (The Boys), que é assumidamente uma grande fã de Pokémon. Já no Brasil, a Haru é dublada por Thainá Lana.
Após em curto período da sua vida, mais ou menos uma semana, tudo dá tremendamente errado em sua vida. As situações vão de um término de um longo relacionamento até alguns chicletes que grudam em seus sapatos. Assim, a personagem largar tudo na cidade e decide trabalhar no Resort Pokémon. Aqui ela conhece a dona do Resort, Sra. Watanabe e os outros empregados, Tyler e Alisa.
Tyler cuida da limpeza e das refeições do Resort, além disso, também ministra as aulas de ioga no local e está sempre acompanhado de seus parceiros Pansage, Pansear e Panpour. Já Alisa é também uma Concierge, quem nem Haru, porém uma superiora da protagonista por estar a mais tempo lá.
Ao decorrer dos episódios, vemos que todos estes personagens são de extrema importância para Haru. Assim como, são essenciais para que a personagem cresça e evolua, mostrando uma nova face que nem a personagem conhecia. E gradativamente vemos o quão diferente está Haru que conhecemos para a que nos é mostrado no último episódio.
A análise
Uma das missões dada a Haru é conseguir um parceiro Pokémon, já que para continuar neste trabalho era essencial ter um. E desde o primeiro episódio vemos um Psyduck aparecendo de fundo e vendo as aventuras de Resort. A personagem descobre que o Pokémon chegou lá tem pouco tempo e é bastante tímido, mas mesmo assim Haru decide que vai ajudá-lo e ter ele como parceiro. Ela até mesmo solta o bordão do anime “Eu escolho você!“, quando decide que vai fazer do Psyduck seu companheiro. E assim, temos um belo momento de conexão entre Haru e Psyduck.
No terceiro episódio temos como tema evolução, ele se inicia com um Pokémon evoluindo e termina com outra evolução. Mas, além de evolução Pokémon, o episódio aborda também a evolução pessoal que Haru deseja alcançar. Assim como nos outros episódios a personagem se envolve em uma grande aventura pelo Resort, tudo para recuperar a boia de um Margikarp. Começa assim, uma grande busca para recuperar a boia e até mesmo, um Dragonite os auxilia nessa missão.
Além disso, esse episódio tem também foca no que a Haru tem que fazer ali, qual a função ela deve assumir, já que todos ali tem uma função ou várias funções no Resort. Então ela se vê perdida, sem rumo e deseja fazer outras coisas, então após esta aventura para auxiliar o Margikarp, finalmente entende o que deseja fazer. Haru encontra em si mesmo uma posição de ajudar os outros Pokémon, no Resort, que precisam de alguma coisa ou ajuda.
E por fim, chegamos no quarto e último episódio, que fala sobre aproveitar a vida, deixar a timidez de lado e ser grato, tudo isso por causa de um Pikachu. Nesse episódio o Resort recebe um encontro de treinadores Pokémon de Pikachu e todos eles são muito agitados e alegres, menos um. Esse Pikachu é bastante tímido, calmo e não fala alto, então sugerem ao seu treinador para que ele participasse deste encontro. Assim, Haru conta para este treinador que é normal os Pokémon serem diferentes do eu normal e cita alguns casos do Resort. Como o Duskull que tinha medo do escuro e um Oricorio que tinha vergonha de dançar.
Então, Haru tenta de diversas maneiras ajudar esse Pikachu a se soltar mais, porém nada do que ela tenta funciona. E assim, o Pikachu e o Psyduck acabam se cansando de todas essas dinâmicas e atividades, eles acabam dormindo e Haru acha isso fofo demais. Pois, ela é apaixonada por Pikachu e decide tirar uma foto deste momento, mas seu celular está sem bateria e então resolve desenhar eles.
No final, todos os esforços de Haru é para que o Pikachu e seu treinador se divirtam, o que acaba conseguindo fazer e assim, na hora de partir o treinador percebe que gosta do Pikachu do jeito que ele é. E que passar o dia com a Haru e o Psyduck, o fez enxergar qualidades que ele não tinha percebido no seu parceiro. Assim, Haru entrega o desenho que fez para o Pikachu e a cena final é emocionante demais.
Vale a pena?
Bom, a resposta para esta pergunta é sim, vale a pena assistir Pokémon Concierge. Seja assistir sozinho ou com a família, o anime é bastante leve e relaxante, as mensagens do anime são bastante condizentes com a rotina de muitos fãs que cresceram assistindo Pokémon.
A direção de Iku Ogawa (Rilakkuma) conduz muito bem os roteiros, de Harumi Doki (Cyborg 009: Call of Justice e Ghost In The Shell: SAC_2045), fazendo com que todos os episódios funcionem bem. O ritmo que a narrativa é sensacional e combina muito com a trilha sonora escolhida.
Em resumo, Pokémon Concierge é um excelente final para Pokémon em 2023, conseguiu entregar tudo o que esperávamos e talvez um pouco mais. Realmente, espero que no futuro aconteça mais obras assim, na franquia.