Na última sexta-feira (29), a Netflix lançou a 30ª temporada de Power Rangers, Power Rangers: Cosmic Fury, confira aqui a nossa análise.

Power Rangers: Cosmic Fury é a 30ª temporada da franquia de séries Power Rangers, sendo uma sequência direta da temporada anterior, Power Rangers: Dino Fury. Além disso, a série também serve parte das comemorações de 30 anos da franquia, que se iniciaram em Power Rangers: Once and Always, que também está disponível Netflix.

Power Rangers: Dino Fury
Reprodução: Netflix

Entretanto, vale ressaltar que Power Rangers: Cosmic Fury é a primeira série, desde Mighty Morphin Power Rangers, em que o elenco retorna para uma terceira temporada. Bem como, a primeira série em que temos uma Ranger Vermelha como a líder da equipe e uma Ranger Laranja, como membro principal. A série contou com diversos momentos marcantes e muitas referências aos últimos 30 anos de franquia.

Outra coisa que foi anunciada, para Power Rangers: Cosmic Fury, é que a história e uniformes seriam totalmente originais. E assim, apenas as lutas de Megazord eram uma adaptação de Uchuu Sentai Kyuranger, a 41ª série Super Sentai, e a última série que será utilizada na franquia Power Rangers. E para encerrar, o vilão da temporada é um velho conhecido dos fãs, Lord Zedd de Mighty Morphin. Bom, espero que estejam prontos, pois começaremos a análise e para não esquecer… É HORA DE MORFAR!

A trama: Lord Zedd e um problema bastante conhecido

Lord Zedd
Reprodução: Netflix

A história desta nova temporada é bem enxuta e consegue caber nos 10 episódios, apesar de achar que se houvessem uns 12 ou 13 episódios seriam interessantes. Porém, falaremos disso em outro momento. A série se inicia imediatamente depois do final, da segunda temporada, de Power Rangers: Dino Fury. Onde Zayto, o antigo Ranger Dino Fury Vermelho, retorna, com o auxílio dos Mestres da Morfagem, com a missão de derrotar Lord Zedd que havia escapado. Para contextualizar, durante os eventos do episódio 15, da segunda temporada de Dino Fury, o Lord Zedd é preso em um cristal com a ajuda do Mestre Verde.

Assim, durante os eventos bastante frenéticos do primeiro episódio, vemos o caminho que Cosmic Fury seguirá. Já no começo vemos, Ollie Akana, Ranger Dino Fury Azul, sendo levado para o lado dos vilões. Um problema que viria a ser constante no decorrer da série. Além disso, descobrimos o motivo das imagens promocionais da série sempre mostrar Javi Garcia, Ranger Dino Fury Preto, com um braço mecânico. E a evolução da personagem de Amelia Jones, que se torna uma excelente líder da equipe.

Power Rangers: Cosmic Fury
Reprodução: Netflix

Bem como, não podemos esquecer da grande ameaça que Lord Zedd é na série. Em todos os episódios acompanhamos o quão ameaçador o personagem está e como ele serve de mentor para a versão maligna de Ollie. E também, todo o suporte que Billy e Mick dão aos Rangers durante essa batalha que mudará o universo.

A trama conseguiu entregar uma ótima história e uma evolução dos personagens, algo digno para uma temporada comemorativa. Apesar de alguns problemas, Power Rangers: Cosmic Fury se tornou uma das melhores temporadas da franquia e uma excelente despedida do antigo formato que a série seguia.

Pontos positivos

Power Rangers: Cosmic Fury
Reprodução: Netflix

A série tem diversos pontos positivos, mas focaremos em alguns que não darão spoilers da série. A história e roteiros são um excelente ponto positivo. O fato de não ter que adaptar uma série Super Sentai ajudou os roteiristas a criar uma ambientação similar ao que vemos nos quadrinhos. Os quadrinhos vêm se tornando uma mídia que expande cada vez mais a mitologia de Power Rangers e ver que a série tentou dar essa cara sua trama, é realmente algo muito bom. Talvez, o futuro de Power Rangers esteja num bom caminho, mas isso só nos resta aguardar.

Esse eu acho que vai ser polêmico, mas os trajes estão muito bons em tela. Pode haver a argumentação que são fora do padrão e muito americano, porém se o intuito era se afastar de Kyurager e séries Super Sentai, os trajes tem sua personalidade. Eles funcionam em tela e a forma que eles são introduzidos na série, é feito de uma maneira espetacular. Além disso, as armas de cada Ranger também são muito lindas, sério, eles começaram chutando a porta com elas, cada uma mais bonita que a outra.

Outro ponto positivo são as interações dos “novos” Rangers com Billy, Mighty Morphin Power Ranger Azul, um daqueles que iniciou todo esse legado. Além disso, vemos um David Yost mais solto e mais leve em comparação com o especial Power Rangers: Once and Always. E Mick também é uma ótima adição ao elenco, como suporte aos heróis. O retorno de Heckyl também se tornou bastante interessante, já que é em Cosmic Fury que vemos pela primeira vez ele morfando em uma série. Ele morfou a primeira vez na edição 35, do quadrinho Mighty Morphin Power Rangers, onde ocorre o arco Beyond The Grid. Para encerrar, as diversas referências as outras séries e personagens da mitologia, foram encaixadas muito bem, e mostra o tanto de pesquisas que fizeram para esta última temporada.

Pontos negativos

Power Rangers: Cosmic Fury
Reprodução: Netflix

Não temos muitos pontos negativos nesta temporada, porém alguns existem e talvez poderiam ter sido vistos antes da estreia. O primeiro deles, que na minha opinião, poderia ter sido revisto é o número de episódios. 10 episódios deram certo, eu vou concordar, mas se tivesse mais 2 ou 3 episódios, com certeza teríamos alguns enredos trabalhados de melhor forma. Mas, mesmo assim, não consigo ver a pouca quantidade de episódios como uma falha e sim, como um erro de cálculos.

O segundo ponto negativo é a falta de outras equipes de Power Rangers, com uma invasão a Terra acontecendo e os Rangers da atual temporada fora do planeta, ficou difícil acreditar que existia outras equipes. Apesar das menções sobre tais equipes, as batalhas deles e até mesmo suas prisões, a falta de cenas com esses personagens, deixou menos credível sobre sua existência. Algo que o especial, Once and Always, conseguiu dar uma boa virada e sacada, ficou faltando em Cosmic Fury. Não que seja um problema, mas não ajuda muito a acreditar que existe diversas equipes defendendo a Terra.

Power Rangers: Cosmic Fury
Reprodução: Netflix

Por fim, a personagem de Tessa Rao, Izzy Garcia, nada contra ela e sua personagem, porém os roteiristas deram uma forçada na barra com ela. Durante os eventos que os Rangers estão presos no espaço, é necessário que todos se ajudem para que consigam voltar em segurança. Neste momento surge Fern, Ranger Cosmic Fury Laranja, que é a namorada de Izzy.

O problema vem justamente no senso de superproteção, que Izzy cria, em Fern, até o momento em que a garota finalmente se torna Ranger. Pela maneira que Fern foi introduzida em Dino Fury, mostra que a personagem seria capaz de encarar os perigos. E mesmo assim, uma situação que pedia a ajuda de todos e vemos em diversos momentos, Fern sendo colocada de lado, por não ser “capaz” de encarar a situação. E de certa forma isso incomoda um pouco, os momentos em que ela está em cena com os outros personagens.

Vale a pena?

Amelia Jones
Reprodução: Netflix

Bom, essa pergunta tem duas respostas, sim e não. Vamos responder a primeira, sim vale a pena assistir Power Rangers: Cosmic Fury, mas tem um porém, a temporada é a continuação direta da temporada anterior Power Rangers: Dino Fury. Então, para entender quase tudo que ocorre nos episódios, tem que estar com a série anterior em dia. Caso tenha assistido Dino Fury, essa temporada será o encerramento de todos, ou quase todos, os arcos iniciados na série anterior.

E a segunda, não vale a pena, caso essa seja sua primeira série Power Rangers. Mesmo que conheça a primeira série, Mighty Morphin, não é o bastante para entender Cosmic Fury. Seria, no mínimo, necessário assistir as duas temporadas de Dino Fury, para conhecer os personagens e suas motivações. Por ser tratar de uma continuação, vai ficar difícil um público novo começar justo por essa. Então minha dica é começar por Power Rangers: Dino Fury, que também está disponível na Netflix, e daí seguir para Power Rangers: Cosmic Fury.

Mas, caso você seja um fã de longa data e acompanha todas as temporadas, a 30ª temporada não pode faltar em sua lista. A temporada é muito boa e mostra como poderá ser o futuro de Power Rangers, sem adaptar as séries Super Sentai. Sem dúvidas, algo incrível para aqueles que esperavam algo mais alinhado aos quadrinhos.

Expectativas para o futuro da franquia

Power Rangers: Cosmic Fury
Reprodução: Netflix

Bom, esse tópico é novo, mas achei interessante colocá-lo aqui, devido a algumas expectativas criadas para essa série e para o futuro da franquia. O primeiro ponto a falar, é a Hasbro querer fazer uma série original sem adaptar os Super Sentai, que deu certo. Porém, existem alguns pontos que podem e poderão ser melhorados no futuro, mas como primeira tentativa deu muito certo.

Segundo ponto, os plots que permaneceram em aberto e que podem ser o caminho para o futuro da franquia. Bem como, a busca de Billy por Zordon, que por um momento, em Cosmic Fury, vemos o que poderá ser trabalhado. Além disso, temos Heckyl morfando em Dark Ranger e prometendo participar de mais aventuras. A Hasbro tem muito material para trabalhar, sem precisar dos Super Sentai, e com certeza tem potencial para fazer um excelente trabalho.

Último ponto, a pausa das séries Power Rangers, ao que tudo indica a Hasbro não irá fazer uma série em 2024, por enquanto é apenas especulação. De acordo com a empresa, eles estarão trabalhando para fazer com que a franquia alcance novos públicos. E também, existe rumores que eles estão trabalhando em um filme para o ano de 2024. Mas, para esperar que tudo se confirme devemos aguardar.

Teoria

Aiyon e Zayto
Reprodução: Netflix

Agora vem aqui uma teoria, lembrando que nada está confirmado e que estamos apenas teorizando sobre o futuro da franquia. Vamos lá, em 2025 a série Power Rangers S.P.D. completa 20 anos, em diversos momentos, durante este ano, vimos algumas referências a série. Em Power Rangers: Once and Always descobrimos que Aisha e Adam trabalham na S.P.A., a Super Patrulha Alfa, que pode vir a ser uma das patrulhas que existem em S.P.D..

Outro ponto que vale ressaltar, é que a série Power Rangers S.P.D. acontece, cronologicamente, no ano de 2025 e aborda o tema onde humanos e aliens coexistem juntos, na cidade Newtech City. Que veio a ser citada no final de Cosmic Fury e em Dino Fury, vemos os rafkonianos chegando a Terra, após seu planeta ser destruído.

Ao que tudo indica, mesmo sendo um chute no escuro, a Hasbro poderá apostar nesta nostalgia para fazer sua série, em 2025. Pois, tudo o que eles precisavam para fazer já está inserido e encaixado nos acontecimentos de Power Rangers. Essa é apenas uma teoria e nada está confirmado, esperemos que a Hasbro divulgue mais informações e que essa teoria se confirme. Se não, que a nova série chegue e seja um enorme sucesso.

Power Rangers: Cosmic Fury
Reprodução: Netflix

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