O anime consegue se divertido, mas tem alguns erros durante o trajeto

Gerenciar um pequeno mercadinho, experimentar diferentes sabores de macarrão instantâneo e viver dias tranquilos com a família parece uma vida perfeita para quem não busca luxo. Esse é o caso de Taro Sakamoto, ex-assassino lendário e protagonista do anime Sakamoto Days.

A adaptação do mangá de Yuto Suzuki estreou em janeiro na Netflix e conquistou rapidamente o público com sua trama leve e divertida. No entanto, a primeira parte da temporada enfrenta desafios, incluindo algumas escolhas artísticas duvidosas, o que gera a sensação de que o anime “merecia mais“.

A vida de um ex-assassino e pai de família

Análise | Sakamoto Days (Parte 1): Às vezes só carisma é suficiente, para um anime
Imagem: TMS Entertainment

Na cultura pop, assassinos profissionais raramente conseguem uma aposentadoria tranquila. Em Sakamoto Days, essa regra se mantém. Embora tenha abandonado sua antiga vida, Sakamoto ainda precisa lidar com figuras perigosas do passado e proteger aqueles que ama.

Mesmo enfrentando adversários mortais, ele também constrói novos laços de lealdade, ampliando sua família. Esse aspecto narrativo se destaca no anime. O carisma de Sakamoto e dos personagens secundários, como Shin, Lu, Aoi e Hana, garante entretenimento tanto nas cenas cômicas do cotidiano quanto nos momentos mais dramáticos. Além disso, até mesmo os antagonistas ganham camadas e interações inusitadas, chegando a vestir o avental verde do mercadinho.

Outro ponto forte é a relação entre Sakamoto e seu aprendiz. Reservado e enigmático, o protagonista revela mais sobre sua personalidade através da telepatia de Shin, o que proporciona momentos hilários e inesperados.

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Divertido, mas tem algo faltando

Análise | Sakamoto Days (Parte 1): Às vezes só carisma é suficiente, para um anime
Imagem: TMS Entertainment

Apesar de ser envolvente, a primeira parte de Sakamoto Days comete erros notáveis devido a escolhas artísticas questionáveis. Um dos principais problemas está na tentativa de recriar quadros icônicos do mangá. O resultado? Cenas estáticas, sem profundidade e com pouca movimentação, comprometendo a imersão.

Essa abordagem, que busca ser fiel à obra original, acaba limitando o potencial da animação. Com uma direção mais criativa, o anime poderia expandir seu universo e entregar sequências de ação mais impactantes. No fim, a experiência se assemelha a um macarrão instantâneo sem tempero: satisfaz, mas deixa a desejar.

Vale a pena?

Análise | Sakamoto Days (Parte 1): Às vezes só carisma é suficiente, para um anime
Imagem: TMS Entertainment

Apesar das falhas, o anime de Sakamoto Days continua sendo uma aventura divertida. O protagonista e seus aliados provam que as aparências enganam, e a chegada de um novo grupo de assassinos promete desafios ainda maiores.

A segunda parte do anime estreia em julho na Netflix. Enquanto isso, a primeira parte está disponível no catálogo da plataforma. No Brasil, o mangá é publicado pela Panini.