Com mais de duas décadas no audiovisual, Andrea Jundi estreia na literatura com “O Menino e o Livreiro”. Radicada em Portugal, a autora transforma imagens em palavras e constrói um romance delicado sobre infância, abandono e recomeço.
A história, antes de mais nada, acompanha Carlos, um menino de dez anos que encara a solidão e o mistério do desaparecimento dos pais. Assim, em meio ao caos, ele encontra afeto em uma livraria, lá, conhece Romeo, o livreiro, e Pietro, seu assistente. Diante disso, a amizade entre eles cresce a partir dos livros e mostra que recomeçar é possível.
A autora alterna capítulos entre a trajetória de Carlos e os personagens ao seu redor, como João, seu irmão, e Joana, colega da escola. A princípio, no centro de tudo, está a relação com o velho livreiro, que conduz a narrativa com ternura e esperança. Nesse sentido, acostumada a roteiros, viu a cena do menino surgir antes mesmo da escrita. “Ele corria pela feira, desviava de barracas, baldes e caixotes. Eu precisava descobrir quem ele era”, lembra.
Na contramão dos clichês, o romance não mergulha na tragédia. Andrea aposta em afeto, em encontros que transformam. Para ela, há sempre quem mostre um caminho menos doloroso. “Ninguém vive sozinho”, afirma. Apesar da leveza, o livro não ignora a realidade. Fala de infância ferida e lares temporários com sensibilidade e sem romantizar.
Sobre a autora de “O Menino e o Livreiro”

Andrea Jundi nasceu no Rio de Janeiro em 1983, mas cresceu em São Paulo. Formou-se em Comunicação pela FAAP em 2005 e, anos depois, mudou-se para Londres. Em 2011, então, estudou criação e desenvolvimento de roteiro na Inglaterra. Ao voltar ao Brasil, mergulhou de vez no audiovisual.
Com mais de 20 anos de experiência, trabalhou como assistente de direção em produtoras como O2 Filmes, Conspiração, Mixer e Domo. Paralelamente, aprofundou-se na escrita, tanto em roteiros quanto na literatura.
Por fim, em 2022, mudou-se para Lisboa e se dedicou à escrita de seu primeiro romance. Antes disso, atuou como roteirista em projetos de ficção e documentário. A paixão pelos livros a levou a estudar narrativa com mais profundidade, até nascer O Menino e o Livreiro.
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