Alerta: Esta matéria trata de assuntos sensíveis como suicídio. Se você é sensível a esse assunto, por favor, não prossiga com a leitura, ou então leia com cautela. Caso seja necessário, busque ajuda.

A escritora Andressa Arce apresenta sua obra de estreia, “No Dia que Não Fui“, um livro que aborda com sensibilidade temas como perda, luto e autoconhecimento. A história acompanha Alice, uma menina que, ao lado de sua meia-irmã, explora as nuances das relações humanas e os laços que as conectam. No entanto, essa jornada é abruptamente interrompida por um suicídio, levando Alice a um processo intenso de reconstrução emocional.

Inspirada em experiências pessoais, Andressa explica que o livro, apesar de ficcional, carrega tons de realidade. Segundo a autora, “A escrita iniciou-se como uma forma de resgatar a imagem desta irmã, o que acabou desaguando para a ficcionalização.”

Dividido em três partes — A Meia-Irmã da Filha ÚnicaA Filha Única sem Meia-Irmã e O Punho, Ainda —, o livro então guia o leitor pela jornada de autodescoberta de Alice. A narrativa se aprofunda na delicadeza do cotidiano e nos pequenos gestos que carregam grandes significados.

Leia um trecho

O prefácio, assinado pela jornalista e psicanalista Gabrielle Estevans, destaca a intensidade da escrita de Andressa:

“Andressa, como todos nós e ainda bem, está condenada à linguagem.
Presa, prisioneira, sentenciada: seu No dia em que não fui é uma
tentativa, fortuita, de transgressão, de delinquência, de infração
(…) E para contar essa história endurecida, debruça-se numa
atividade escrevedora que aposta não nos grandes acontecimentos, mas na
pequeneza do cotidiano. Seu livro de lançamento é a Travessia própria
do Rubicão: um ponto de não retorno. Escreve para espiar, que nem
criança arteira, o que está por vir.”

Por fim, “No Dia que Não Fui” é uma obra que promete marcar os leitores, trazendo uma reflexão sensível sobre a vida, o luto e os caminhos de reinvenção pessoal.