“Pós-Poemas” de Augusto de Campos, lançado recentemente, traz uma série de versos escritos entre 2005 e 2024. O autor de 93 anos afirma que esse será seu último livro, mas é impossível dizer que seja definitivo. O que todos que leem a obra afirmam é que o poeta continua conectado com o “espírito do tempo”. O autor transita entre a criação poética, a transcrição, a crítica social e a política.
O livro mergulha no universo “verbivocovisual”, do poeta. Ou seja, um espaço de inspirações de sensações múltiplas, carregadas de força poética e visual. Como em toda sua carreira, Augusto de Campos aborda temas controversos e disputas políticas.
Augusto de Campos: O mestre da poesia concreta

Nascido em 1931, Augusto de Campos é poeta, ensaísta, tradutor, crítico literário e também de música. Sua carreira começou em 1951, quando publicou seu primeiro livro de poemas “O Rei Menos o Reino”. Já em 1952, ao lado do seu irmão Humberto de Campos e de Décio Pignatari, lançou a revista literária “Noigandres”.
Foi dela que surgiu o Grupo Noigandres que iniciou o movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil. Em 1953, o segundo número da revista publicou os primeiros versos da poesia concreta nacional. Em 1956, Augusto de Campos participou da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta (Artes Plásticas e Poesia), no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Algumas obras famosas do poeta são: “Poemóblies” (1974), “Caixa Preta” (1975), “Viva Vaia” (1979), “Despoesia” (1994), e “Não” (2003).
Leia também: O amor-próprio na poesia de Mila Nascimento
Para mais publicações sobre livros, autores e sagas sigam nosso perfil GeekPopBooks no Instagram