A autora japonesa Rie Kudan, vencedora do Prêmio Akutagawa, assume uso de IA. Cerca de 5% do seu último romance, “Tokyo-to Dojo-to”, foi escrito com a ajuda de uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) chamada ChatGPT.
O Prêmio Akutagawa é um dos prêmios literários de maior prestígio do Japão, junto com o Prêmio Naoki. Apresentado semestralmente e patrocinado pela sociedade para a promoção da literatura japonesa. Kan Kikuchi criou o prêmio em memória do autor Ryūnosuke Akutagawa em 1935, quando era editor da revista Bungeishunjū
O júri concede o prêmio à melhor história literária publicada em jornal ou revista por um autor novo ou emergente. Além disso, o vencedor receberá um relógio de bolso e um prêmio em dinheiro de 1 milhão de ienes. A admissão de Kudan levanta preocupações sobre o impacto da IA na literatura e em outros setores. No entanto, a autora disse que queria ter “bons relacionamentos” com IA e “liberar (sua) criatividade” com a ferramenta.
Sobre o livro
O júri do Prêmio Akutagawa elogiou o romance ‘Tokyo-to Dojo-to’ (Torre de Simpatia de Tóquio) por sua perfeição. A história gira em torno de uma arquiteta incomodada com a sociedade.
Ela precisa projetar uma torre em Shinjuku Gyo-en, em Tóquio, que será usada como prisão para reabilitar criminosos com conforto. Assim, parte do enredo do romance gira em torno de conversas com inteligência artificial.
Sobre a autora
Rie Kudan é uma romancista japonesa nascida em 27 de setembro de 1990 em Urawa, província de Saitama, Japão. Ela ganhou seu primeiro prêmio de redação por um ensaio que escreveu durante o sexto ano do ensino fundamental.
Depois de se formar na universidade, trabalhou como assistente de laboratório. Em 2021, ela ganhou o 126º Prêmio Mundial de Literatura para Novos Escritores com seu romance de estreia, “Warui Ongaku” (Música Ruim).
Por fim, será a IA uma nova musa dos escritores?