O Brazilian Publishers surgiu em 2008 em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), como um projeto de fomento direcionado às exportações de conteúdo editorial brasileiro. O Programa teve um balanço positivo no primeiro semestre de 2021.

Quando falamos sobre literatura nacional na atualidade, nos deparamos com questões sempre voltadas à valorização das obras e o quanto as pessoas consomem ou não esse meio de aprendizado. Há programas que existem para facilitar esse acesso e possibilitar visibilidade. Um exemplo disso é a Brazilian Publishers, que é um projeto que auxilia editoras brasileiras a desenvolverem uma estratégia para o mercado internacional de literatura, possibilitando conhecimento internacional, contribuindo para a profissionalização das editoras.

Ele visa expandir a visibilidade das editoras nacionais, para que sejam inseridas ativamente ao mercado global, incentivando através de ações direcionadas à participação em eventos internacionais, venda de direitos autorais e capacitação de quem participa do projeto diretamente, com a pretensão de especializar o contato comercial em relação à temática abordada.

Foto: Divulgação Brazilian Publishers

Assim, o Brazilian Publishers tem a oportunidade de mostrar a qualidade do material das editoras nacionais. Segundo o site do projeto, ele é composto por mais de 70 editoras de diferentes segmentos, entre ficção, não ficção, religiosos, científicos, etc.

E no primeiro semestre de 2021, a Brazilian Publishers fechou USD 650 mil em vendas de livros e direitos autorais das editoras participantes para o mercado externo. Esse valor foi maior do que o do ano inteiro de 2020, que teve o movimento de USD 636 mil em livros e direitos.

“No Brasil, a CBL encabeçou uma série de iniciativas para manter a nossa cadeia aquecida, como o projeto Retomada das Livrarias, entre tantos outros incentivos. Por isso que é com alegria que divulgamos os dados positivos de retomada do Brazilian Publishers“, comentou Vitor Tavares, presidente da CBL.

Os esforços em se manter ativo nos eventos virtuais e a chegada de novas editoras ao Programa – as casas Rua do Sabão e Bonilaure, é algo que justifica a conquista também. 

Fernanda Dantas, gerente executiva do Brazilian Publishers, diz: “Trabalhamos muito para aquecer ainda mais as relações do mercado editorial brasileiro com editoras internacionais. É fantástico ver que estamos no ritmo certo, mesmo ainda sem a participação do Brasil em eventos físicos”. O projeto também tem um sistema chamado “Bolsa tradução” (Oferecimento de bolsas de apoio à editoras estrangeiras que desejam traduzir obras de autores brasileiros. O benefício é válido para qualquer idioma), que Dantas complementa que os resultados se devem também a essa possibilidade, que contemplou diversas editoras. Oito títulos irão para o Egito, México, Moçambique e França nos próximos meses, graças à bolsa.

Nas Feiras do Livro em Bolonha e em Londres, o Brazilian Publishers divulgou em sua estante virtual o catálogo de livros e direitos autorais em cada evento. Na feira de Bolonha, promoveu um workshop de ilustração e um matchmaking, com a participação de 18 casas brasileiras e 17 internacionais em 33 reuniões. Na feira em Londres, além do matchmaking, o projeto também realizou um seminário sobre o mercado dos livros acessíveis, para todos que acompanharam a feira. 

No segundo semestre de 2021, estão previstas para acontecer as Feiras do Livro de Frankfurt e de Guadalajara. Será também lançado o novo catálogo de direitos autorais. 

Você pode ter acesso às ações do projeto clicando aqui.