Na paisagem turbulenta do mundo corporativo, uma nova obra convida à pausa, ao fôlego e à escuta. O livro “Caminho de coragem” de Carla Conti, propõe isso. Mineira de Passos e doutora em Políticas Públicas, Carla transformou experiências de longas caminhadas em lições para líderes do século XXI.
Ao cruzar rotas como o Caminho de Santiago e o Caminho de Cora Coralina, a autora descobriu mais que paisagens. Descobriu, sobretudo, a si mesma. Assim, no livro, traça paralelos entre o passo do peregrino e o gesto do líder: ambos exigem presença, escuta, renúncia e ação.
Logo nas primeiras páginas, Carla confessa: “Estava tão sem paciência que antecipava falas, não ouvia mais ninguém”. O colapso virou ponto de virada. Nesse sentido, essa fratura emocional fez nascer uma escrita sensível sobre esgotamento, autocuidado e saúde mental, temas urgentes no pós-pandemia e no ambiente de trabalho.
Durante oito anos, ela dirigiu um campus universitário, mas foi fora dos cargos que aprendeu a respirar e a escrever com o corpo. Além do burnout, Carla aborda a importância dos hobbies e da reconexão com o prazer. “Passos pequenos nos levam longe”, lembra, com leveza.
Carla na Bienal
Nos dias 21 e 22 de junho, ela estará na Bienal do Livro do Rio, lançando a obra e debatendo temas como liberdade e saúde mental. Participará de rodas de conversa sobre mulheres em movimento e relacionamentos abusivos. Também autografará no estande da Editora Scotti, responsável pela publicação.
Com estilo direto e poético, Carla defende que liderança começa na escuta e termina na ação, e inspirar outras mulheres também é um ato político. A obra dialoga com o feminismo e levanta debates sobre violências digitais, pauta que Carla pesquisa no mestrado em Educação.
Escrito no calor do pós-pandemia, “Caminho de coragem” costura luto coletivo, transformação e esperança com firmeza e delicadeza. Influenciada por Brene Brown e Frédéric Gros, Carla entrega um livro que é convite: caminhe, pense, pare. Depois, continue. Só que de outro jeito. Ela acredita que o futuro é feito de presença e que o caminho, embora incerto, se revela aos que têm coragem de andar.
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