Não há pessoa ligada a cultura urbana de Belo Horizonte que nunca tenha ouvido falar do Matriz. Uma das casas de show mais tradicionais e icônicas da capital mineira já fez muitos shows de bandas amadoras do cenário do Rock e lançou muitas tendências. À quase duas décadas abertas, a casa não resistiu a pandemia e se junta a dezenas de milhares de produtores culturais que não conseguiram segurar as contas amargas da falta de apoio e da duração da pandemia.

Após 21 anos a casa localizada no sub-solo do edifício JK, no Barro Preto e tocada por Edmundo Correa Silva e Andrea, anunciou em suas redes sociais que irão fechar a porta do Matriz em definitvo. De acordo com a nota oficial as contas da casa, na faixa dos 10 mil reais entre IPTU, Condomínio e locação, se tornou insustentável principalmente em virtude do fechamento de todas as casas de eventos em Belo Horizonte por conta da COVID19. Os proprietários tentaram manter o local funcionando, inclusive com um serviço de delivery chamado “Casa Mãe”, mas não foi suficiente para arcar com os custos e os prejuízos após tantos meses fechados.

Foto: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

É o fim?

Ainda de acordo com os donos o fechamento não será imediato, e eles preparam alguns eventos para despedida do publico e anunciaram também uma parceria com a Casa do Jornalista para manter algumas atividades alternativas e democráticas, marca registrada do Matriz. Belo Horizonte é um cidade boêmia e que necessita de espaços culturais que possam abraçar a diversidade mineira e brasileira, na música, na dança e nas expressões populares. Que essa parceria seja de sucesso e que o fechamento do Matriz seja breve!