Foto/Reprodução: Netflix

Com apenas uma temporada, a criação de Leah Rachel conta com nomes de peso, como Uma Thurman (Nancy Lefevre) e Tony Goldwyn (Ben Lefevre). A série aborda de ângulo sinistro a adaptação de uma jovem com seu coração transplantado. A causa envolvendo o óbito da doadora, bem como sua vida até aquele momento, ativam a curiosidade de Sasha Yazzi (Sivan Alyra Rose) e a conduzem em uma busca desenfreada pela verdade, e com graves consequências.

Sasha vive com o tio, seu único contato com sua família; tem um namorado e uma melhor amiga e, em um começo pacato para a série, a jovem e o namorado se encontram para ter relações pela primeira vez. Mas, por questões que são divulgadas posteriormente (assista), ela tem um mau súbito e precisa de um novo coração. Aí começam os problemas.

Para a cultura local, há certas situações em que uma pessoa é um mau agouro, amaldiçoada e em uma leitura de sua aura, Sasha se descobre perdida na nova definição: Inziin.

Como se não fosse suficiente a questão espiritual que não sabe resolver, ainda precisa lidar com a família da doadora que a abraça de forma obsessiva – como uma substituta da filha perdida -, e o instituto de que a família faz parte e parece estar envolvido no desalinhamento mental da jovem Becky (Lilliya Reid), sua doadora, e o irmão gêmeo da mesma, Elliott (Nicholas Galitzine).

Após o transplante sua vida vira de cabeça para baixo, e Sasha vai precisar contar com a ajuda de seus amigos e uma pitada de força de vontade para continuar a ser quem costumava ser (Dá certo? Veja). E, com todos os seus esforços, o fim da série ainda pode ser surpreendente, deixando um desejo de continuação.

Embora a série tenha sido cancelada pela Netflix, vale a pena conferir e alcançar temas mais profundos, como o desenvolvimento da jovem Sasha que se vê no meio de oportunidades incríveis que nunca imaginaria conseguir, ao mesmo tempo que precisa pensar se a situação que está se metendo é um caminho sem volta, ou sequer seguro. Fica a pergunta: Se você tivesse a chance de ganhar/participar de coisas que você sempre sonhou mas não tinha condições financeiras e, por isso, ficar com um sentimento de dever para com outros, ou em uma “saia justa”, uma situação complicada que seria difícil de sair, você escolheria ir por esse caminho, ou preferiria viver/experimentar apenas o que estivesse ao alcance do seu suor?

Sinopse de Chambers na Netflix: “Assombrada por visões misteriosas e impulsos sinistros após receber um coração, uma jovem transplantada tenta desvendar a verdade por trás da morte da doadora.”