Duas famílias: uma de classe média alta e outra da periferia. Esses são os núcleos de “Cicatriz”, romance de Breno Ribeiro. O livro, com lançamento previsto para o dia 19, no Rio de Janeiro, deve trazer os conflitos e as “dores” das famílias, em meio a desigualdade social.

“Cicatriz” é dividida em três partes, acompanhando duas histórias paralelas. A família de classe alta, chefiada por Júlia e Humberto, com seus dois filhos Ana Lúcia e Pedro. A família vive conflitos de ordem sociopolítica. O pai, de extrema-direita, não aceita a filha lésbica. Por outro lado, o filho que acaba de conseguir entrar na universidade, se torna o foco da atenção do casal.

Do mesmo modo, acompanhamos a história de Pietro e Fabiana. Um casal da periferia que espera um filho, enquanto a mãe de Pietro enfrenta uma doença. Por isso, Pietro passa a praticar pequenos crimes, uma vez que precisa pagar a internação e os remédios da mãe.

Dessa forma, com os dilemas éticos das personagens, “Cicatriz” narra como a desigualdade social se manifesta no cotidiano. Além disso, mostra o panorama complexo do sistema judiciário brasileiro, onde nem sempre os danos são devidamente reparados. Portanto, segundo o autor, a justiça não é capaz de compensar os traumas dos mais humildes, nem agradar por completo os mais privilegiados.

Sobre o autor

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Breno Ribeiro nasceu em Juiz de Fora (MG), tendo crescido na cidade de Iguaba Grande, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Ele é graduado em Letras, tendo também um mestrado em Estudos da Linguagem pela PUC Rio. Atualmente é professor de Língua Inglesa na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Lançou seu primeiro livro, “O Príncipe de Hugo Porto”, em 2021, no formato digital. “Cicatriz” é o seu segundo livro, marcando a consolidação de sua carreira como escritor. Breno Ribeiro deve lançar seu próximo trabalho “Limbo” em breve.

O autor reforça a influência de autores clássicos como Machado de Assis, Mary Shelley e Gustave Flaubert, em sua vida e carreira.