Aclamados pela combinação de discrição estética e complexidade temática, os 29 filmes de Ozu serão exibidos em diversos formatos, incluindo cópias restauradas e obras em película. A programação promove ainda diálogos com os trabalhos de outros diretores, como Wim Wenders, Paz Encina, Pedro Costa, e o mineiro André Novais Oliveira. O Cine Humberto Mauro promove a retrospectiva “A rotina tem seu encanto: 120 anos de Ozu“, do lendário diretor japonês Yasujiro Ozu.
O mais japonês do cineastas e ao mesmo tempo o universal dos japoneses. Há 120 anos, em um 12 de dezembro, nascia Yasujiro Ozu. O diretor viveu por 60 anos, e por fim, veio a falecer no mesmo dia em que veio ao mundo. Seis décadas após seu falecimento, a Fundação Clóvis Salgado apresentará uma homenagem ao grande mestre e cineasta japonês.
E para celebrar a vida e uma obra tão complexa quanto discreta, a escolha de data não poderia ser outra. Assim a partir do dia 12/12 (terça-feira), o Cine Humberto Mauro promove a retrospectiva A rotina tem seu encanto: 120 anos de Ozu, com 29 filmes que cobrem mais de 30 anos de sua prolífica carreira.
A mostra irá até o dia 29/12 (sexta-feira), trazendo obras em diversos formatos, incluindo exemplares em película 16 mm. A programação também contempla trabalhos de outros cineastas que estabeleceram algum tipo de diálogo com a obra do diretor japonês. Como o iraniano Abbas Kiarostami, o estadunidense Leo McCarey, o alemão Wim Wenders, a paraguaia Paz Encina e o mineiro André Novais Oliveira. A entrada no Cine Humberto Mauro é gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes das sessões, na bilheteria do cinema.
Confira a lista de filmes:
- Formei-me, Mas… (Daigaku wa detakeredo, Yasujiro Ozu, Japão, 1929) | 14 anos | 11 min;
- Fui Reprovado, Mas… (Rakudai wa shitakeredo, Yasujiro Ozu, Japão, 1930) | 14 anos | 1h05;
- Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô monogatari, Yasujiro Ozu, Japão, 1953) | DCP 4K | 10 anos | 2h16 | Sessão comentada pelo cineasta e jornalista Gabriel Carneiro;
- Pai e Filha (Banshun, Yasujiro Ozu, Japão, 1949) | 16mm | 12 anos | 1h50;
- Uma História de Ervas Flutuantes (Ukikusa monogatari, Yasujiro Ozu, Japão, 1934) | 14 anos | 1h26;
- Ervas Flutuantes (Ukigusa, Yasujirô Ozu, Japão, 1959) | DCP 4K | 14 anos | 1h59;
- HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Dia de Outono (Akibiyori, Yasujiro Ozu, Japão, 1960) | DCP 4K | 12 anos | 2h08| Sessão comentada pela professora e cineasta Larissa Muniz;
- Os Irmãos e Irmãs Toda (Toda-ke no kyôdai, Yasujiro Ozu, Japão, 1941) | 14 anos | 1h45;
- Começo de Primavera (Sôshun, Yasujiro Ozu, Japão, 1956) | DCP 4K | 14 anos | 2h25;
- Também Fomos Felizes (Bakushû, Yasujiro Ozu, Japão, 1951) | 16 anos | 2h05;
- HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Filho Único (Hitori musuko, Yasujiro Ozu, Japão, 1936) | 16mm | 1h22 | Sessão comentada por Luiz Fernando Coutinho, pesquisador de cinema e editor da Revista Madonna;
- A Rotina Tem Seu Encanto (Sanma no aji, Yasujiro Ozu, Japão, 1962) | 16mm | Livre | 1h53;
- Um Hotel em Tóquio (Tokyo no yado, Yasujiro Ozu, Japão, 1935) | 14 anos | 1h20;
- Eu Nasci, Porém… (Otona no miru ehon – Umarete wa mita keredo, Yasujiro Ozu, Japão, 1932) | 1h30;
- Bom Dia (Ohayô, Yasujiro Ozu, Japão, 1959) | DCP 4K | Livre | 1h34;
- Uma Galinha no Vento (Kaze no naka no mendori, Yasujiro Ozu, Japão, 1948) | 16 anos | 1h24;
- Discurso de um Proprietário (Nagaya shinshiroku, Yasujiro Ozu, Japão, 1947) | 1h12;
- Flor do Equinócio (Higanbana, Yasujiro Ozu, Japão, 1958) | DCP 4K | 18 anos | 1h58;
- Era Uma Vez Um Pai (Chichi ariki, Yasujiro Ozu, 1942) | 1h26;
- Crepúsculo em Tóquio (Tôkyô boshoku, Yasujiro Ozu, Japão, 1957) | DCP 4K | Livre | 2h20;
- O Sabor do Chá Verde Sobre o Arroz (Ochazuke no aji, Yasujiro Ozu, Japão, 1952) | 18 anos| 1h56;
- Onde Estão os Sonhos da Juventude? (Seishun no yume ima izuko, Yasujiro Ozu, Japão, 1932) | 14 anos | 1h25;
- Onde Fica a Casa do Meu Amigo? (Khane-ye Doust Kodjast?, Abbas Kiarostami, Irã, 1987) | 10 anos | 1h23 | Sessão Comentada pelo pesquisador de cinema e produtor cultural Rodrigo Azevedo;
- O Que Foi Que a Senhora Esqueceu? (Shukujo wa nani o wasureta ka, Yasujiro Ozu, Japão, 1937) | 14 anos | 1h11;
- As Irmãs Munekata (Munekata kyōdai, Yasujiro Ozu, Japão, 1950) | 1h51.
Assim como, além das exibições do filmes a mostra contará com sessões comentadas, debates e palestras. Dentre os convidados estão os professores e pesquisadores Denilson Lopes (UFRJ) e Mariana Souto (UnB), o cineasta e jornalista Gabriel Carneiro (Unicamp), o pesquisador Luiz Fernando Coutinho (UFMG), o curador, diretor e pesquisador Ewerton Belico e, de forma online, a professora e cineasta paraguaia Paz Encina. Além disso, a retrospectiva ainda será marcada pelo lançamento de um caderno de crítica desenvolvido especialmente para esta ocasião, proporcionando uma experiência mais rica e enriquecedora para o público a partir do encontro com as obras singulares de Ozu.
Além disso, para acompanhar as sessões de “A rotina tem seu encanto: 120 anos de Ozu” o Cine Humberto Mauro fica localizado no Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte. Mas, a mostra acontece entre os dias 12/12 até 29/12, com horários variados. Porém, caso não seja de Minas Gerais e queiram assistir alguma das obras, 12 filmes estarão disponíveis na plataforma cineHumbertoMauroMAIS.
Cine Humberto Mauro
Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Porém, seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K.
Nestes 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento.
O Cine Humberto Mauro, além disso, é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Bem como, todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.
Fundação Clóvis Salgado
Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Bem como as artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.
Assim como, a instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das galerias de arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Além disso, a Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. Em outras palavras, o conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
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