A princípio, para falar sobre live-action o ideal é ambientar o leitor ao que esse termo condiz. Embora o mundo esteja cada dia mais digital, algumas pessoas ainda não estão familiarizadas com tais termos. Resumindo, live-action é tornar real animações ou vice-versa.
É literalmente dar vida a personagens de animação assim como realizar uma mescla de personagens de carne e osso com animações 2D e/ou 3D. Jogos eletrônicos também são live-actions por transformar atrizes/atores reais em filmes ou em animações.
Nesse sentido, o mundo de live-action ultrapassa a barreira do real e da fantasia, dessa forma as adaptações podem partir de animações, jogos, quadrinhos ou até mesmo clássicos da literatura.
Entretanto, tudo isso somente se tornou possível mediante ao advento da tecnologia CGI (Computer Graphic Imagery). Que basicamente é o uso da famosa computação gráfica para recriar personagens no mundo cinematográfico. Portanto, o uso da tecnologia aprimorou a qualidade das produções a tal ponto que hoje acessamos imagens inacreditáveis utilizando IA.
Remakes x Reboots: (Re) Inventando clássicos
Vários foram os sucessos de bilheteria em todo o mundo como os pertencentes ao universo da Disney como A Bela e a Fera, Malévola e Aladdin. Inclusive, a Barbie (2023) protagonizada pela Margot Robbie ultrapassou o recorde de bilheteria de filmes como Harry Potter que também é um clássico live-action. Todavia, Harry Potter foi adaptado da literatura produzida pela J.K Rowling e temos vários outros como o Jardim Secreto escrito pela autora inglesa Frances Hodgson Burnett. Que teve cinco adaptações sendo a primeira para cinemas e TV em 1919 e o seu famoso filme em 1993 que fez parte da infância de diversas crianças da geração anos 90.
Há outros como O Pequeno Príncipe de Saint-Exúpery com o último filme lançado em 2015. Escrito por Lewis Carroll e lançado em 1865, Alice no País das Maravilhas é mais um exemplo que conta com diversas adaptações. Sendo a mais famosa delas a animação da Disney, lançada em 1951.
Em 2010, Tim Burton lançou o remake com mais de meio século depois, no qual o público ficou dividido entre o filme ter sido bem-sucedido ou mais um fracasso do mundo de live-actions. Como cases de sucesso podemos citar Alita que saiu do mundo dos mangás para o filme Alita: Anjo de Combate que chegou às telinhas dos cinemas em 2019. O Samurai X teve as suas cinco adaptações distribuídas entre os streamings Prime Video e Netflix.
Produções bem sucedidas x fracassadas
Enfim, como nem tudo são flores há produções que também não foram bem adaptadas e obtiveram péssima bilheteria como podemos citar o Death Note, DragonBall Evolution e Cavaleiros do Zodíaco. Há vários iguais a esses que minaram as expectativas dos fãs desses mangás/animes.
Por fim, para finalizar com mais um case de sucesso, citamos o One Piece que incluiu o próprio criador (Eiichiro Oda ) nas gravações. Ele participou ativamente na produção, rendendo uma autenticidade maior a série no que diz respeito a obra original. Mesmo condensando mais de 100 episódios do anime em somente 8 episódios na série.
O que demonstra que condensar e resumir as informações gerais da obra original e dar ênfase nas informações cruciais transforma a adaptação no que o público que consome tais obras aguardam. E ninguém melhor para realizar tal resumo como o próprio criador do conteúdo. Esse cenário possui inúmeras possibilidades de produzir e recriar histórias e personagens, uma infinidade de possíveis “releituras” de obras clássicas e/ou aclamadas pelo público.
Por fim, inúmeros live actions chegam nas telinhas dos cinemas no próximo ano como Branca de Neve e os Sete Anões com estreia garantida em março de 2024. Mogli – O menino lobo 2, O Rei Leão 2, Lilo e Stitch, O Corcunda de Notre Dame, Cruella 2, Moana dentre outros. Conforme vimos, há muita produção bacana chegando ao cinema para agradar a todos os públicos.
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