Jô Soares marcou presença em muitos filmes brasileiros. O humorista e apresentador nos deixou na madrugada da última sexta-feira (5), aos 84 anos, sendo responsável por diversos projetos memoráveis na cultura brasileira.

Contudo, seu legado foi extremamente marcado, de tal forma que sirva de inspiração para tantos outros artistas da área. Muitos filmes tiveram a ilustre presença do artista.

Além dos seus trabalhos na televisão, Jô marcou presença na cinematografia nacional, participando de alguns filmes brasileiros durante a sua carreira. A maioria de suas aparições são em longas lançados entre os anos de 50 e 70, como, por exemplo: “Pé na Tábua”, “A Mulher de Todos” e “Nenê Bandalho”

Portanto, outra aparição de Jô Soares foi no documentário “Lygia, uma Escritora Brasileira”, que homenageia a escritora conhecida como “a dama da literatura brasileira”

Aliás, o romance intitulado como “Xangô de Baker Street” é mais uma das obras inesquecíveis e marcantes do apresentador. O filme é uma adaptação do livro de maior sucesso da carreira do jornalista e mistura histórias policiais com muito suspense.

Com o intuito de estrear na indústria cinematográfica, em 1976, Jô Soares dirigiu seu primeiro filme, intitulado como: “O Pai do Povo”.O filme girava em torno de uma comédia e tinha o artista como produtor, roteirista, diretor e protagonista. Nomes como: Carlos Eduardo Dollabela, Agildo Ribeiro, Bibi Vogel, Cyll Farney, Gracindo Jr, Milton Carneiro, Lydia Mattos e Urbano Lóes davam vida aos personagens. No entanto, o longa era uma paródia ao mundo dominado pela Guerra Fria e ameaça da bomba atômica.

Jô Soares em cena de 'O Pai do Povo' (1976), filme que também dirigiu - Acervo Cinemateca Brasileira
Jô Soares em cena de ‘O Pai do Povo’ – Foto: Acervo Cinemateca Brasileira

Desse modo, é possível encontrar alguns dos filmes nas plataformas de streamings audiovisuais, como o Globoplay e o Locke. Por fim, confira a lista de filmes que têm a participação de Jô Soares:

Filmes com Jô Soares

1955 – “O Rei do Movimento”, de Victor Lima

1957 – “De Pernas Pro Ar”, de Victor Lima

1959 – “O Homem do Sputnik”, de Carlos Manga 1959 – “Pé na Tábua”, de Victor Lima

1959 – “Aí Vêm os Cadetes”, de Luiz de Barros

1960 – “Tudo Legal”, de Victor Lima

1960 – “Vai Que É Mole”, de J.B. Tanko

1964 – “Pluft, o Fantasminha”, de Romain Lesage

1967 – “Papai Trapalhão”, de Victor Lima

1968 – “Hitler do Terceiro Mundo”, de Agripino de Paula,

1968 – “Agnaldo, Perigo à Vista”, de Reynaldo Paes de Barros

1969 – “A Mulher de Todos”, de Rogério Sganzerla.

1970 – “Nenê Bandalho”, de Emílio Fontana

1973 – “Amante Muito Louca”, de Denoy de Oliveira

1976 – “Tangarela, A Tanga de Cristal”, de Campello Flores

1976 – “O Pai do Povo”, de Jô Soares

1988 – “Cidade Oculta”, de Chico Botelho

1994 – “Sábado”, de Ugo Giorgetti

2001 – “O Xangô de Baker Street”, de Miguel Faria Jr

2004 – “A Dona da História”, de Daniel Filho

2011 – “Mamonas para Sempre”, de Claudio Kahns (documentário)

2012 – “As Aventuras de Agamenon”, Victor Lopes

2018 – “Rogéria, Senhor Astolfo Barroso Pinto”, de Pedro Gui (documentário)

Embora fizesse múltiplas funções, o artista conseguiu deixar sua marca em cada uma delas. Jô Soares deixa muitas histórias, amizades e aprendizados para os que estavam à sua volta. 

Foto Destaque: Jô Soares no palco de seu programa/2016 — Por: Celso Tavares/G1