Em seu último filme como Bond, James Bond, Daniel Craig se despede a altura de sua história como James Bond. “007 – Sem Tempo para Morrer” é um espetáculo que presta uma homenagem a todos os seus antecessores e a incrível história criada por Sir Ian Fleming.
Em 007 – Sem Tempo Para Morrer, depois de sair do serviço ativo da MI6, James Bond (Daniel Craig) vive tranquilamente na Jamaica, mas como nem tudo dura pouco, a vida do espião 007 é agitada mais uma vez. Felix Leiter (Jeffrey Wright) é um velho amigo da CIA que procura o inglês para um pequeno favor de ajudá-lo em uma missão secreta. O que era para ser apenas uma missão de resgate de um grupo de cientistas acaba sendo mais traiçoeira do que o esperado, levando o agente inglês 007 ao misterioso vilão, Safin (Rami Malek), que utiliza de novas armas de tecnologia avançada e extremamente perigosa.
Ação, emoção, drama, sensibilidade, honra. São as palavras mais adequadas pare descrever esse que tende a ser um dos marcos na franquia de 007. Do primeiro momento até a última cena, ação e emoção andam lado a lado e consegue transportar o espectador para dentro de uma história bem construída e executada. Cary Joji Fukunaga, diretor do filme, consegue extrair o máximo de todos os personagens, independentemente do tamanho do papel a eles destinado.
Novos atores são apresentados nesse longa, como é o caso da atriz Lashana Lynch, que tem um papel importante para a trama e para o futuro da franquia. Alguns rostos antigos são novamente vistos, Jeffrey Wright volta ao seu papel como o agente da CIA, Felix, e Léa Seydoux volta ao papel de Madeleine, vivendo o grande amor da vida de James. Inclusive, esse é o cerne de tudo que podemos ver no filme, o amor e as consequências dele para quem tem uma vida dupla, como agente secreto e como pessoa normal.
Como não poderia deixar de ser, a trilha sonora desse filme segue a trilha deixada pelos antecessores, sendo extasiante e impactante. A fotografia também impressiona, com filmagens na Itália, Inglaterra, Mar Asiático, além do Caribe. Paisagens maravilhosas, cores intensas e vívidas ditam o ritmo desse que parece ser um dos melhores filmes na era de Daniel Craig.
Um detalhe importante, para quem realmente se importa com spoilers é bom tentar desviar deles, pois os acontecimentos ao longo de quase duas horas são surpreendentes, e claro, é um filme para se ver no cinema, a sensação é outra.
Fazer críticas de filmes assim, no calor do momento, são quase sempre uma batalha interna, pois quando algo nos parece perfeito quase nunca é preciso levar em conta erros. Porém, existem sim pequenos problemas como uma pitadinha de decepção no vilão entregue por Rami Malek, que apesar de intenso, pouco aparece e não convence na medida que precisa. Talvez o diretor tenha optado por dar mais visibilidade a humanidade de James do que a desumanidade de Safin, personagem de Malek. De qualquer forma é um vilão nível 007 e entra para o rol dos que desafiaram a licença para matar de James Bond.
Em linhas gerais 007 – Sem Tempo para Morrer é mais um filme que provavelmente será inesquecível.