Lançado em 31 de outubro de 2019 na Alemanha, A menina Invisível é um filme infantil e aventura, com cenas de ação. E por ser um filme infantil não se espera muito, já que grande parte do tempo de tela tem como foco apenas nos três amigos, Sue, App e Tobi.
Na trama, Sue (Ruby M. Lichtenberg) uma menina de 12 anos, acaba entrando em contato com uma substância chamada “NT26D” enquanto perambula pelo laboratório de pesquisa genética de sua mãe. A substância em seu organismo a torna capaz de ficar invisível. Entretanto, os acontecimentos que acarretam na situação da menina nada surpreende. O que reforça a categoria infantil do filme, com uma pré-adolescente, passando por momentos conturbados da pré adolescência.
Adicionando a ideia da temática heroica, os problemas da pré-adolescente realmente saem um pouco do convencional escolar de: bullying, isolamento e um grupo de garotas populares com algum tipo de prazer em intimidar. A problemática gira em torno de crianças fugindo e lutando com um grupo controlado por um vilão, e o sequestro de sua mãe.
Conclusão
O roteiro de Markus Dietrich, — que também dirige o filme — deixa algumas informações em aberto. Como a relação do chefe da organização com a mãe de Sue. Existe o conflito entre os dois no início. Entretanto, em outro momento, a relação dos dois é de extrema confiança.
Ou a relação de Sue com o pai, de início eles aparentam ser próximos, mas quando é conveniente para o roteiro o homem simplesmente some, e se quer leva a sério quando a filha liga dizendo sobre o sequestro da mãe.
Então o telespectador apenas aceita que não se deve esperar nenhuma explicação para a mudança de comportamento. Contudo, tiveram acertos, como a explicação do controle da invisibilidade que de certa forma faz sentido, se torna mais palpável a ideia.
Bem como, outro acerto é a correlação entre personalidade e poderes. Como é falado desde o início do filme, Sue é uma garota “invisível”, considerando sua vida social, de uma pré-adolescente ignorada na escola e até mesmo pela própria mãe. Então, quando uma vilã surge com um poder, reforça mais ainda a justificativa de cada habilidade.
Assim como na ambientação também foi feito um bom trabalho. Os cenários são bem enquadrados e trabalhados, a direção consegue dar destaque naquilo que é necessario.
O grande plot twist já era esperado e não surpreendeu. Além de já terem colocado em tela em determinada cena do filme, o que serviria de justificativa para que as três crianças percebam o verdadeiro vilão. Conclusão essa que pode ter sido obvia para quem conseguiu observar o detalhe mais do que evidente.
A menina Invisível (Invisible Sue) é um filme meio sessão da tarde, onde as crianças fazem suas “traquinagens” enquanto derrotam os vilões com planos mirabolantes — com muito esforço para convencer o público —, mas com uma pitada de super poderes e ficção científica. Bem pouca.