A Noite das Bruxas, filme que estreia essa semana e é baseado na obra de Agatha Christie, é um refresco em meio a vários filmes de suspense e terror que não agradam. Dirigido por Kenneth Branagh, que também atua como protagonista, filme tem fotografia impactante, mas derrapa em dar ar genérico para história.
Com um elenco de peso, com Michelle Yeoh, Tina Fey, Jamie Dornan, Kyle Allen, Jude Hill, filme conta uma história dramática e intrigante de Dia das Bruxas. Acompanhamos o célebre detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh), que agora aposentado, vive uma vida exclusa e pacata em Veneza, uma das cidades mais glamurosas do mundo, e claro, um excelente cenário para um suspense de terror.
Convidado por sua amiga Adiadne Oliver para participar de uma sessão espírita em uma casa onde ocorreu um assassinato, Poirot precisará de sua toda sua capacidade como detetive para desvendar uma série de assassinatos que ocorreram na mansão.
Roteiro de suspense com toques de terror agradam tanto quanto sua fotografia
Kenneth Branagh, ao dar vida ao filme, acerta precisamente ao trazer para a tela um filme dinâmico, com um suspense interessante, intrigante, cheio de reviravoltas, digno de livros de detetives. Ora, afinal de contas o filme se baseia realmente em um desses livros, e isso é um dos seus trunfos.
Sem pressa para entregar seus suspeitos, sem pressa de solucionar o caso, o grande plot do final consegue tirar um sorriso bobo daqueles que quase foram enganados pelos suspeitos. Mas nada passa despercebido de Poitot, não é mesmo?
Além disso, a fotografia ajuda muito na ambientação do suspense, que surpreendentemente tem toques de terror melhor que muito filme de terror por aí. Ao trazer para dentro da história uma Veneza pós-guerra, em meio a tempestades, e em plena noite de todos os santos, a atmosfera é propicia para que quem assista esse filme se sinta preso na história.
Algumas pessoas, entretanto, poderão duvidar da evolução dessa história, se comparada com Assassinato no Expresso Oriente e até mesmo Morte no Nilo. Porém, preciso ser justo que pra mim está tudo dentro do esperado, e que bom que agrada de maneira positiva.
Elenco de peso é fundamental para que filme se sobressaia
Aqui é preciso fazer um destaque para o elenco, que apesar de terem suas atuações bem espaçadas dentro da trama, com exceção de Kenneth Branagh, que domina as cenas, consegue segurar bem a corda. A grande surpresa agradável, Michelle Yeoh, ganhadora do Oscar por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” está encantadora, mesmo ficando poucos minutos em cena. Mas isso mostra como essa atriz é incrível, porque deixa uma marca importante na história mesmo assim.
Mas pra mim as grandes surpresas ficam por conta de Jamie Dornan e Jude Hill. O garotinho de Belfast está simplesmente impecável no papel de Leopold Ferrier, que é filho de Dr. Leslie Ferrier, personagem de Dornan. Fiquem de olho nesse garoto, ele irá fazer muito sucesso ainda.
Vale a pena assistir no cinema?
Essa é quase uma pergunta retórica, porque eu não imagino outra forma de apreciar essa obra sem ser nas telonas do cinema. É na tela grande e nos grandes autofalantes que a história ganha vida, e geram um simbiose com o espectador.
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