Chegou aos cinemas nesta quinta-feira, 4 de maio, “A Primeira Morte de Joana“, de Cristiane Oliveira. Um filme que já conquistou 11 prêmios em mais de 40 festivais internacionais.
O longa, produzido pela Okna Produções e distribuído pela Lança Filmes, conta a história de Joana (Letícia Kacperski), uma adolescente que tem sua vida transformada após a morte da tia-avó. Além de lidar com a perda, a protagonista questiona um segredo de família e inicia uma jornada de descoberta pessoal. Com uma equipe multinacional envolvida na produção, o filme traz uma abordagem simbólica sobre a morte e a transformação, como conta a diretora em entrevista. Com tantos elementos interessantes, o filme promete ser uma experiência cinematográfica emocionante.
Filme explora extremos para chocar e fortalecer narrativa
Se você achou o filme bem intenso e forte, é possível dizer que a diretora Cristiane Oliveira conseguiu transmitir sua mensagem de forma contundente. O uso dos extremos para chocar e evidenciar os pontos importantes da trama pode ter sido uma estratégia eficaz para capturar a atenção do espectador e mantê-lo envolvido na história. Além disso, essa abordagem pode ter contribuído para a reflexão sobre temas importantes, como a perda, o luto e a descoberta pessoal. A intensidade do filme pode ter sido uma forma de provocar emoções fortes no público e fazer com que ele se conecte com a história de forma mais profunda.
Certamente, a descoberta pessoal é um tema central em “A Primeira Morte de Joana”, especialmente considerando que as personagens principais estão passando por uma fase importante de transição em suas vidas: a saída da infância e a entrada na adolescência. Esse momento é marcado por muitas mudanças físicas, emocionais e psicológicas, o que pode ser extremamente pesado e desafiador para as pessoas envolvidas.
No filme, Joana e Carolina estão lidando com seus próprios conflitos internos, enquanto tentam entender a morte da tia-avó de Joana e as consequências desse evento em suas vidas. Essa jornada de descoberta pessoal pode ser intensa e emocionalmente desgastante, principalmente para adolescentes que ainda estão aprendendo a lidar com suas emoções e identidades em desenvolvimento. Dessa forma, Cristiane Oliveira aborda de forma cautelosa esses aspectos, que pode ter sido fundamental para tornar essa experiência complexa e impactante para o público.
Fotografia simples evidencia detalhes alheios
Realmente, a produção ” é marcada por uma simplicidade que favorece a abordagem intimista da história. A fotografia, por sua vez, é um elemento crucial nesse sentido, já que busca evidenciar os detalhes subentendidos e favorecer a questão do olhar alheio.
Ou seja, isso é particularmente evidente na maneira como a câmera é usada para capturar as emoções e reações das personagens. E muitas vezes em close-ups e planos detalhados. Essa escolha estética pode ter contribuído para aumentar a sensação de proximidade do público com a trama. Por fim, criando um ambiente propício para a reflexão e a empatia.
Além disso, a simplicidade da produção pode ter sido uma estratégia consciente da diretora para enfatizar a importância da história e dos personagens em detrimento de elementos visuais mais elaborados.