Recentemente a rede de streaming Netflix, anunciou o lançamento de uma produção original, baseada nas obras da famosa autora Jojo Moyes. O filme intitulado de “A última Carta de Amor”, dirigido por Augustine Frizzell e escrito por  Nick Payne e Esta Spalding, gerou grandes expectativas entre os fãs da autora a partir do momento em que foi anunciado. Afinal, desde o grande sucesso que foi “Como eu era antes de você”, da diretora Thea Sharrock, ficou mais do que claro que as obras de Jojo Moyes eram mais do que dignas de ganhar espaço nas telas do cinema. 

Crédito : Parisa Taghizadeh / Netflix

A trama se passa na maior parte do tempo, nos anos 60 ligado ao mesmo tempo com os dias atuais. Nos apresentando diversos acontecimentos do passado que acabam refletindo no presente. E infelizmente, apesar da boa intenção de explicar ao espectador os fatos tanto do passado quanto da atualidade, o mesmo ainda assim acaba se perdendo na história, causando uma certa confusão e repetição de acontecimentos. Claro, que isso se deve ao fato do longa ser o típico clichê. Recheado de idas e vindas; encontros e desencontros; desentendimentos e reconciliações, tanto do casal principal como do secundário. 

Com um elenco bastante conhecido e respeitado, o mesmo conta com a participação de Shailene Woodley (A culpa é das estrelas), Felicity Jones (A teoria de tudo) e Callum Turner (Animais Fantásticos e onde habitam). Que foram capazes de explorar e transmitir os sentimentos de seus personagens. Principalmente, o casal Jennifer e Antony, que foram o foco principal do filme. Expressando de forma impecável os sentimentos, arrependimentos, paixão e sofrimento vivido por seus personagens. De tal forma, que conseguiu cativar todos os espectadores com sua ótima sintonia.

Mas não podemos deixar de citar a brilhante atuação do casal secundário, que foram os grandes responsáveis por representar o público. Nas buscas por se aprofundar mais na história por trás das cartas, pelas várias tentativas de encontrar respostas de perguntas que eram feitas no decorrer da história, e é claro, na torcida pela felicidade do jovem casal de amantes.Transmitindo com êxito e excelência, os sentimentos do público quanto ao desenrolar da trama. 

Com figurinos elegantes e sutis, que de alguma maneira acabou se interligando a excelente trilha sonora. Capaz de nos levar aos incríveis anos 60, trazendo até mesmo uma certa nostalgia de uma época que não experimentamos. E talvez, esse tenha sido um dos principais intuitos do filme. De nos fazer relembrar de uma era, em que os relacionamentos não eram baseados em emojis e conversas superficiais. Mas com cartas cheias de sentimentos capazes de tocar qualquer leitor, desde o destinatário a um desconhecido. 

O filme consegue nos cativar com a sua excelente produção, temática e enredo. Para aqueles que são amantes de romance clichê, é uma ótima opção para se apaixonar. Porém, para aqueles que não são tão fãs de filmes água com açúcar pode ser bastante enjoativo e cansativo.