Tivemos a oportunidade de ver A Vingança de John Henry ou só John Henry (como saiu nos EUA), um filme de suspense dirigido por Will Forbes.
Com elenco principal pequeno, mas conciso, o papel principal ficou com Terry Crews e como seu antagonista temos Ludacris. Além deles, os outros personagens que constroem a história não são tão conhecidos em Hollywood. O filme curto de apenas 91 minutos de duração, conta um pouco da história de John Henry e claro de como ocorreu sua vingança. Inserido num contexto atual porém em um lado não tão glamuroso da comunidade negra dos EUA, o longa traz diversas referências diferentes do “American way of life“.
Para continuarmos a crítica vejamos o trailer:
Tão instigante como o trailer, será que o filme realmente cumpre com a expectativa?
A vingança de John Henry tem como influência uma lenda americana antiga. que também inspirou uma música de blues que faz parte da trilha sonora do filme. A lenda diz:
“A proeza de John Henry como motorista e marteleiro foi medida em uma corrida contra uma máquina de perfuração de rocha a vapor. Corrida esta que ele venceu apenas para morrer na vitória com um martelo na mão enquanto seu coração cedeu de estresse”
Suspense, ação e dinamismo
A influência dita anteriormente, se dá a medida que o protagonista se destaca pela sua força dispare e pelo uso do martelo como arma. O filme se aproveitou bastante do gancho com a música, que em diversos momentos toca para frizar a conexão do personagem com seu vigor. Ainda na temática musical, vale ressaltar que a trilha sonora cumpre totalmente o objetivo no filme. Encaixando com o momento e contexto, cada uma foi muito bem colocada.
Entretanto, o filme não entrega tudo que promete, o enredo não consegue prender o espectador. A história não é bem desenvolvida, além da pouca riqueza de detalhes. Quem assiste fica perdido do porquê das situações aconceterem. Nesse sentido, a direção deixou passar várias transições longas que tornam o filme cansativo. Apesar das cenas de ação do filme, não existe muito dinamismo entre os personagens, isto, pois as conexões são muito rasas e não agregam o suficiente para prender quem assiste.
A ação no filme se baseia mais em cenas com armas, ao passo que os gangsters (muito presentes no filme) não entram em luta corporal. Perdendo assim, um pouco do que estamos acostumados a esperar dos filmes em que Terry Crews é o herói. Entrando agora no contexto de atuação, os atores e atrizes têm pouquíssimos momentos de destaque para causar empatia em quem assiste. Momentos estes que o diretor não aproveitou muito bem, o timing do filme é ruim e a construção do enredo pouco satisfatória.
Fotografia e efeitos especiais
Contudo, a fotografia é ótima, assim como o poster de divulgação as cores são muito bonitas. As filmagens que misturam o tempo atual com videos antigos de fitas cassetes não diminuem a qualidade do longa. Sem muitas filmagens escuras, o jeito que foi escolhido para as gravações não cansa a visão além de estar muito bem feita. Os efeitos especiais, apesar de pouco utilizados também são satisfatórios no decorrer do filme.
Para resumir, vale a pena assistir John Henry?
Se estiver atoa e aberto a conhecer novos raps, a resposta é sim. Agora, se procura um suspense com muita ação e tensão apurada talvez não seja o que você está procurando.