Essa semana estreia nos cinemas Adão Negro, novo filme o universo DC e que introduz o Anti-herói que tem os mesmos poderes do Capitão Marvel.

A origem de Teth-Adam é a nação de Kahndaq, sendo ele o primeiro campão escolhido pelo Mago Shazam depois de passar por uma perda muito grande. Esses fatos ocorreram séculos e séculos antes do jovem Billy Batson. Na realidade, no futuro, ele acaba se tornando um dos piores inimigos do Shazam, e com os mesmos poderes.

Falando um pouco de atuação!

Dwayne ‘The Rock’ Johnson é um ator que não demonstra ter grandes versatilidades na atuação. Geralmente seus papeis aproveitam o que ele tem de melhor, o tamanho, os músculos e obviamente a simpatia. É um ator que você se sente bem assistindo-o na tela. Mas aqui, em um filme que deveria haver certa complexidade e um tom mais sombrio, as caras e bocas caricatas do ator não caem tão bem. É importante dizer que eu gostei do filme, mas eu esperava um filme um pouco mais sombrio.

Pude notar vários elementos diferentes do que já havia sido feito até agora, e para começar preciso citar The Rock. Talvez esse filme, com outro ator, não conseguiria ter o mesmo resultado, afinal de contar, ele tem sua própria maneira de atuar. E claro, Adão Negro é um anti-herói da DC, e seus poderes deriva da mesma origem das do Shazam.

Um dos maiores problemas que observei logo no primeiro ato foi a falta de preocupação em introduzir os personagens de maneira correta. O ritmo acelerado do filme não nos deu tempo de entender, compreender, conhecer e gostar de todos os personagens. Esmaga-Átomo e Cyclone, por exemplo, foram muito subutilizados. E eu também esperava ver um pouco mais do Senhor Destino. Noah Centino acabou se tornando o alívio cômico do filme, mas a maneira como foi feita, não funciona. Primeiro, porque o ator não tem esse perfil, e segundo, porque foi desnecessário.

adão negro
Adão Negro DC

Roteiro apressado prejudica entendimento

Essa correria prejudica o entendimento da história, principalmente para o espectador que não conhece a fundo os quadrinhos. A Sociedade da Justiça, por exemplo, é jogada no colo do espectador sem nenhuma introdução. O resultado final disso é uma miscelânea, que pode confundir quem não conhece toda a história. Viola Davis volta ao papel de Amanda Waller em Adão Negro, e para quem não se recorda, ela chefia o projeto Esquadrão Suicida. É mais um elemento inserido ali sem contextualizar de forma correta e que incha o roteiro (que já tem história demais nele).

O ponto mais forte, no entanto, se dá por conta do vilão. Mesmo sem introdução adequada, a história de Sabacc foi bem interessante. O terceiro ato do filme é dedicado a luta entre Teth-Adam e Sabacc, um duelo de gigantes que não se preocupam em destruir tudo o que está pela frente.

A fotografia do filme oscila

Um dos pontos que mais me chamou atenção é como que a fotografia e o CGI oscilaram no filme. Logo no começo, nas cenas em Kahndaq, o recorte dos atores no fundo verde está muito malfeito, sendo possível notar sem muita dificuldade onde estavam os pontos de chroma-key. A medida com que o filme avança, a qualidade da filmagem também avança, e as cenas finais conseguem ser bem melhores.

Por fim, é preciso dizer que entre erros e acertos, o filme se destaca por ser diferente de várias premissas ofertadas até o momento pela DC, o que é um ponto bem positivo. Ele abre possiblidades para que os eventos futuros no universo cinematográfico da DC possam evoluir de maneira mais consistente. É um bom filme, a história é boa, você consegue dar boas risadas, mas também consegue ver cenas de ação muito bem coreografadas. The Rock encanta apesar de ser meio performático e caricato em vários momentos. Dessa forma, finalizo dizendo que esse filme é uma montanha russa de emoções, cabe a você quando você assistir decidir se passou mais tempo no ponto alto dessa montanha ou no ponto mais baixo. Por aqui, eu fiquei no meio termo.

Dessa forma, uma coisa incontestável é que os filmes de super-herói fazem parte da realidade cinematográfica. E a pergunta que fica é, como eles irão conseguir renovar e inovar em algo que em menos de 10 anos já foi tão explorada? A resposta é tão simples quanto a premissa do nosso novo filme, e se chama roteiro.

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