Depois do sucesso inesperado de Anônimo (2021), o público finalmente recebe sua aguardada continuação. Em Anônimo 2 (Nobody 2, 2025), o diretor Timo Tjahjanto assume o comando e entrega exatamente o que promete: ação brutal, humor ácido e muito sangue em um espetáculo que não pede licença para ser levado a sério. Com Bob Odenkirk de volta ao papel de Hutch Mansell, o longa reforça o espírito de entretenimento direto, sem enrolações, que marcou o primeiro filme.
Resumo da história
Hutch Mansell (Bob Odenkirk), o ex-assassino que tentava levar uma vida pacata de pai suburbano, se vê novamente arrastado ao mundo da violência após frustrar uma invasão. O incidente desencadeia uma nova rede de inimigos e expõe segredos do passado de sua esposa Becca (Connie Nielsen). O que seria apenas uma viagem em família rapidamente se transforma em um campo de batalha sangrento, onde Hutch precisa mais uma vez provar que não perdeu sua letalidade.

Ação sem frescura
O grande trunfo de Anônimo 2 está na forma como abraça o exagero. O filme não tenta reinventar a roda, mas sim resgatar a energia dos clássicos de ação dos anos 80, quando o importante era a pancadaria criativa e não a complexidade narrativa. Assim, cada sequência de luta é filmada como um espetáculo à parte: lutas corpo a corpo intensas, explosões cartunescas e momentos de violência que, embora brutais, carregam um humor sombrio que mantém a experiência divertida.

Roteiro e direção
O roteiro de Derek Kolstad e Aaron Rabin é simples, direto e previsível, mas funciona dentro do universo já apresentado. Não há grandes reviravoltas ou tramas elaboradas — e, de certo modo, isso é uma virtude. O público sabe exatamente o que vai encontrar: um herói improvável, vilões caricatos e uma narrativa que serve apenas de pretexto para a ação.
Na direção, Tjahjanto imprime ritmo intenso e um estilo visual que equilibra brutalidade e humor. Se por vezes as lutas parecem excessivamente caóticas, a energia e a criatividade compensam, fazendo com que até as cenas mais absurdas tenham impacto.
Elenco e atuações
Bob Odenkirk brilha novamente como Hutch, equilibrando vulnerabilidade e violência de forma cativante. Assim, sua presença em cena sustenta o filme, garantindo que o espectador compre cada soco, cada tiro e cada ironia. Connie Nielsen tem mais espaço aqui, trazendo força à personagem Becca. Já Christopher Lloyd, mesmo com menos tempo de tela, continua roubando cenas com sua mistura de carisma e irreverência.
A grande novidade é Sharon Stone como a vilã Lendina. Embora sua performance divida opiniões, a atriz entrega uma antagonista que funciona mais pelo exagero do que pela profundidade. Ainda que falte impacto em alguns momentos, ela compõe bem o mosaico de personagens bizarros que circulam pelo universo da franquia.

Vale a pena assistir?
Anônimo 2 não tenta ser mais do que realmente é: uma sequência de pancadaria sangrenta, com humor de sobra e alma de “sessão da tarde” para adultos. É o tipo de filme para simplesmente sentar na cadeira do cinema, pegar a pipoca e aproveitar o espetáculo sem pensar demais.
Talvez não alcance o frescor do primeiro, mas cumpre a promessa de entregar entretenimento direto, barulhento e incrivelmente divertido. Para os fãs de ação old school, é um prato cheio.
Anônimo 2 estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros no dia 21 de agosto de 2025.
Imagem da capa créditos: Universal Pictures | IMDB
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