Sempre temos o lançamento de algum filme sobre pandemias, ameaças zumbis ou algo do tipo, em que as pessoas precisam fugir, lutar, fazer de tudo para sobreviverem diante de tais ameaças. Muitas vezes as produções acabam caindo em clichês com pessoas fazendo besteiras, se tornando vítimas fáceis.
Diferente dos outros filmes que estamos acostumados a assistir dentro dessa temática, temos “Banidos”. A produção se enquadra nos gêneros terror, mistério e suspense, e nos apresenta sob um outro olhar, o dia a dia de uma pessoa que está isolada em um local até então sem ameaças.
A direção é de Daniel Byers, que co-escreveu o roteiro com Harry Aspinwall. Byers já possui uma certa experiência em produções como curtas e documentários, o que ajudou na forma como ele documenta a existência isolada de David.
O elenco é pequeno, estrelado por Harry Aspinwall e Anita Abdinezhad. O orçamento do filme foi de apenas US$ 5.000.
Surpreendentemente, o filme possui 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, com apenas 9 votos da crítica especializada. Já a pontuação do público é de 61%.
A história de “Banidos”
“Banidos” começa com um casal mascarado de gás fugindo pela floresta. Um cai e manda o outro continuar. Eles mal deram alguns passos quando ouvimos algo atrás dele. Quando ele se vira para olhar, uma flecha o atinge no olho. A partir daí passamos aos créditos, acompanhados de cenas de destruição e dos habituais trechos de noticiários que nos contam o quão grave é a situação.
Já se passaram dois anos de pandemia e David (Harry Aspinwall) é a única pessoa conhecida que contraiu o vírus e sobreviveu. Isto torna importante que ele seja mantido vivo e isolado, pois seu sangue pode ser a chave para o desenvolvimento de uma cura. Ele vive assim há quase dois anos, em isolamento, sob estudo em uma região montanhosa e os únicos pontos positivos são as video chamadas de sua esposa Sam (Anita Abdinezhad), uma das epidemiologistas que estudam seu sangue. E então as ligações param de chegar. E quando alguém passa por isso, David teme pela segurança dela.
David começa a suspeitar que algo está errado com a história que lhe contaram, e Sam pode estar em perigo.
Um roteiro simples mas intrigante
O roteiro em si do filme é simples, acontece uma pandemia, muitos morrem, e David até então está isolado, repetindo uma rotina diária, enquanto seu sangue é recolhido de tempos em tempos para estudo de uma possível cura. Isso se passa por um bom tempo do filme, o que poderia ser cansativo, se não fosse a experiência do diretor com documentários.
David percebe atitudes estranhas de sua esposa, a diminuição das chamadas de vídeo, além do tédio do confinamento. O mistério do que está lá fora preenche grande parte do filme até o momento em que David sai da casa e encontra com uma pessoa no caminho. Entretanto, suas esperanças acabam quando ele percebe que é um zumbi. Desesperado ele sai correndo, e é salvo por uma flechada misteriosa que derruba o monstro.
Considerando o baixo orçamento, não existem muitos zumbis. A produção é mais voltada para o psicológico do personagem que está tentando descobrir mais sobre o confinamento, sobre o que sua esposa está fazendo. A região onde a produção ocorreu contribuiu bastante, sem considerar a boa atuação do casal principal.
Vale a pena assistir “Banidos”?
“Banidos” é certamente um filme que merece atenção. É surpreendente a forma como o filme se desenvolve, além das descobertas e reviravoltas que acontecem no final do filme. Como falado, o filme não é focado nos zumbis. Ficamos na expectativa deles aparecerem, mas o foco não é esse.
A produção que tem 1h 27m de duração, faz lembrar em certos momentos o que passamos na época da pandemia do corona vírus, onde tivemos que ficar confinados, não igual ao protagonista, mas tendo que lhe dar com rotinas repetitivas, sem muita interação com outras pessoas.
Em resumo, “Banidos” é um filme de zumbi sem praticamente nenhum zumbi.
Veja o trailer do filme:
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